Nas últimas semanas, Viola Davis tem estado debaixo de todas as atenções. Primeiro, fez referência ao ordenado que arecebe em comparação ao de Meryl Streep, depois fez com que a sua produtora passasse a apoiar jovens atores negros e agora é capa da edição julho/agosto da revista Vanity Fair, na qual mostra uma posição contra o racismo nos Estados Unidos.
Na entrevista que deu à revista norte-americana, a atriz de "Como Defender um Assassino" falou sobre ser a primeira mulher negra a vencer um Emmy e de como quis contribuir para os protestos antirracistas, após a morte de George Floyd. “Sinto que toda a minha vida foi um protesto. A minha produtora é o meu protesto. Não ter usado peruca nos Óscares de 2012 foi o meu protesto”, contou à revista.
Viola Davis refere-se à produtora JuVee que criou com o marido, Julius Tennon, para apoiar jovens atores negros a iniciar a sua carreira na representação. A empresa acaba de assinar um contrato com a Amazon para produzir conteúdos para a plataforma de streaming, a Prime Video, com quem já fazia filmes.
Já há umas semanas, a atriz havia manifestado a sua indignação no que diz respeito aos salários das atrizes negras em comparação ao de outras atrizes, assim como Meryl Streep ou Julianne Moore. “Todas saíram de Yale, saíram de Juilliard [onde Viola também se graduou], saíram da NYU. Elas seguiram o mesmo caminho que eu, e, no entanto, não estou nem perto delas. Nem perto em questão de dinheiro, nem perto em questão de oportunidades de emprego”, contou a uma outra publicação.
A atriz aproveitou também para contar à Vanity Fair que nem sempre teve esta força: “Quando era mais jovem não quase que não falava com ninguém, porque não me sentia digna de ter uma voz”, desabafou. No entanto, foi o apoio e o carinho das irmãs Deloris, Diane e Anita, e da mãe, Mae Alice, que melhoraram a autoestima da atriz.
Para já, a produtora da artista vai ter novas produções na Amazon, mas também já colaborou com a HBO, Netflix, Apple TV ou Disney+. Viola Davis pode ser vista na série em que é protagonista, "Como Defender um Assassino", e, em breve, na série "First Ladies", em que interpreta o papel de Michelle Obama.