Vêm essencialmente da Síria, Eritreia, do Iraque e, contas feitas, Portugal já acolheu mais de 1.800 refugiados desde 2015. Durante esse período muito se fez em projetos de integração, e a comida, que fala uma língua universal, tem sido um importante veículo para que essas pessoas se sintam em casa.

Abriu-se o Mezze, em Arroios, onde refugiados sírios servem os seus mais tradicionais pratos a Lisboa, e também a Zaytouna, uma mercearia que encheu as prateleiras com produtos do Médio Oriente.

Agora é o Marhaba, que até até aqui funcionava apenas como serviço de catering e na produção de eventos temáticos, mas quer avançar agora para um espaço físico.

É num antigo talho que vai ser confecionada comida 100% vegetal e autêntica, feita por quem veio da Síria, da Palestina e da Eritreia e quer agora mostrar a Lisboa o que se come nos seus países de origem. Mas tudo depende de si.

Onde há húmus, falafel e tâmaras, há também uma história de amor
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Para ajudar a financiar este projeto, é lançada a 11 de dezembro uma campanha de crowdfunding na plataforma PPL que pretende angariar dez mil euros. A quem contribuir, os cozinheiros prometem recompensas, aí já servidas no restaurante que abre no Mercado de Benfica.

Com a certeza de ter um menu sazonal e sem açúcares, conte aqui com pratos tradicionais, essencialmente da Eritreia e da Etiópia, mas também de outros países do Médio Oriente. Vai poder provar o Injera — uns crepes típicos da Eitópia —mas também com falafels e chamuças que aqui não são fritas, mas sim desidratadas.

A preocupação ambiental está presente e além de não servirem bebidas em garrafas de plástico, vão privilegiar a proximidade com produtores locais.

Segundo o que os responsáveis pelo projeto avançam à MAGG, o objetivo — ainda que dependente da angariação de fundos — é iniciar as obras em janeiro para que o espaço seja inaugurado em março.