Se optar por ficar em casa no Dia dos Namorados, que não lhe falte um bom vinho à mesa. Começamos por apresentar um dos novos Rosés de Portugal, vestido de elegância e simbolismo. O MATER 2020 (17,50€), produzido pela Quinta Seara D’Ordens, vem homenagear todas as mães - as de agora, as de outros tempos e as que planeiam uma vida de amor e partilha.
Elaborado com 90% de Touriga Nacional e 10% de Tinta Roriz num microclima duriense, este rosé é um vinho de caráter único. Fermentou com cubas de inox, tendo passado por barricas usadas de carvalho francês. A sua frescura torna-o flexível. É recomendado para acompanhar pratos de sushi, risottos e mariscos, podendo estar à mesa com entradas pouco especiadas ou até mesmo sem um prato gastronómico.
Herdade Grande Grande Reserva 2018 (21,30€), proveniente do Alentejo e com assinatura do enólogo Diogo Lopes, é uma sugestão para os amantes de vinho branco. As castas Viosinho (45%), Rabigato (33%) e Arinto (22%), num clima mediterrâneo com influência continental, fazem deste um vinho complexo e estruturado, capaz de acompanhar não só pratos de peixe gordurosos, mas também queijos fortes e carnes brancas no forno e com alguma gordura. Se ficar por casa, surpreenda a sua cara metade com um bacalhau assado no forno.
Ao nível visual, é cristalino, amarelo cítrico e reflexos esverdeados. O aroma é rico, com notas minerais, de toranja e goiaba. Na boca, a barrica dá-lhe a elegância e untuosidade, com uma acidez balanceada. O seu final de boca é longo e persistente.
O terceiro vinho apresenta-se em tons de ruby intenso, com aromas de frutos vermelhos maduros e especiarias. Num balanço equilibrado entre acidez, taninos e álcool, o vinho é suave, de corpo médio e com um final longo. De seu nome Apaixonado Reserva Tinto 2016 (19,90€), o vinho nasce incentivado por uma lenda dos primórdios da Lusitânia. Nesse tempo, uma jovem donzela apaixonou-se por um oficial do Império Romano e viu o seu amor impedido pela sua família, que a levou para além do Rio Douro.
Ali, na sua margem direita, subregião Douro Superior, perto da Torre de Moncorvo, viveu infeliz. As lágrimas que vertia, repletas de saudade e frustração, perfuraram os solos, criando um terroir único, ideal para a produção de vinhos apaixonantes e para aqueles que amam. À mesa, com um belo naco de carne vermelha, num ligeiro sal e grãos de pimenta moída, um linguine e um molho de cogumelos para acompanhar.
O espumante Quinta do Encontro Special Cuvée 2015 (29,99€), proveniente da região da Bairrada, feito a partir das castas Arinto e Baga, pelas mãos do enólogo Osvaldo Amado, é o ideal para partilhar com a nossa cara metade. Cristalino, de bolha fina e persistente, apresenta-se de cor citrina brilhante. É complexo no nariz, com notas de frutos secos, brioche, pão torrado e geleia de polpa branca. É frutado, fresco e com uma cremosidade soberba na boca e de longa persistência.
Versátil, pode acompanhar pratos gordurosos como delicados, doces ou salgados. Se estiver inspirado, beba-o durante as entradas. Desfrute de uma segunda escolha no prato principal. Começar as refeições com espumante torna o momento mais descontraído e envolvente.
Por fim, um vinho do Porto, que é mais um desejo do que uma sugestão (sim, o preço): o Poças Centenário (3200€), o conhecido Poças 1918 , em homenagem ao ano de fundação da empresa. A sua intensidade de cor, marcada por ligeiros tons esverdeados, apaixona.
Apresenta numa imensa complexidade aromática, com notas de melaço, especiarias e frutos secos. Na boca, de um equilíbrio exímio entre os níveis de acidez e doçura. Revela-se cremoso e concentrado, com um final longo e persistente. Ótimo para acompanhar um leite creme tradicional ou um pudim de ovos.