Para contar a história da Madre Coxinha, a nova marca de coxinhas tradicionais brasileiras que o vai deixar de água na boca, temos de regressar a junho de 2018, em plena época dos Santos Populares, num tempo com muitos abraços e zero pandemias. Na altura, Maiara Righi, que estava em Portugal a concluir uma pós-graduação em direção comercial e vendas, vivia na Bica, em Lisboa, e resolveu começar a fazer coxinhas para vender nas noites de festa.

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"Eu nunca tinha feito coxinha no Brasil, mas tinha saudade. Não achava nenhuma boa aqui em Portugal. Então comecei a fazer, os amigos gostaram muito, todo o mundo adorava. Vai daí, botei uma mesa na porta de casa e comecei a vender coxinha e caipirinha", conta à MAGG a brasileira de 37 anos, natural de Fortaleza.

As "coxinhas da Maiara", como ficaram conhecidas, foram um sucesso tão grande que até havia quem reservasse os salgados para a noite seguinte. "Comecei por divertimento, para estar com os amigos, fazer um dinheiro extra. Mas vi uma aceitação tão grande que percebi que tinha ali um produto muito bom. Eu já queria entrar no mundo do empreendimento, e aconteceu. Até costumo dizer que foi a coxinha que me encontrou, e não eu que encontrei a coxinha."

mairara
mairara Maiara é a fundadora da Madre Coxinha. É natural de Fortaleza e veio para Portugal para concluir uma pós-graduação. créditos: Instagram

Com um produto tão bom nas mãos, Maiara investiu na marca, registou a Madre Coxinha, fez uma página no Instagram e deitou mãos à obra. "O meu objetivo inicial era vender os salgados prontos para o cliente final, já fritos, e vender também em eventos, festivais, concertos, tudo isso. Cheguei a fazer o show do Zeca Pagodinho, no Estoril, e tinha todo um calendário de evento para 2020. E aí veio a pandemia", recorda a fundadora da marca.

Com a chegada do coronavírus a Portugal, e com todos os eventos que tinha previsto cancelados, a empresária teve de se reinventar. "De um dia para o outro, tive de tomar uma decisão. E aí, com as pessoas em casa, pensei em vender o produto congelado, em pacotes de 25 mini coxinhas que ficassem no frio. E deu muito certo, o feedback foi incrível."

Com a evolução do negócio, Maiara deixou os sacos de plástico para trás e apostou numa embalagem alegre, colorida, e também hermética, de forma a que seja possível guardar os salgados pré-fritos no congelador sem entrar gelo no saco, e sem interferir com a qualidade do produto. "Quem já conhecia a coxinha da época da Bica diz que o sabor continua o mesmo", garante Maiara.

Mas se é de comida que falamos, vamos lá a isso. As coxinhas existem em três sabores: frango, o clássico brasileiro, recheado com peito de frango desfiado e tempero caseiro; vegetarianas, alho francês, queijo creme e queijo emmental; e carne de Sol,  um recheio de carne desidratada típica da região do nordeste do Brasil, com cebola roxa e queijo creme. Os pacotes de 20 mini-coxinhas custam entre 9€ e 12€, consoante o recheio escolhido.

madre coxinha
madre coxinha As coxinhas existem em três sabores: carne de Sol, frango e vegetarianas.

Para as confecionar, basta aquecer o seu forno (ou usar uma Air Fryer) uns minutos antes, colocar as coxinhas, aguardar dez minutos e deixá-las repousar por cinco minutos dentro do forno desligado para ficarem mais crocantes. Isto para quem preferir as indicadas para o forno, para que não exista necessidade de passar por um segundo processo de fritura. Mas também existem coxinhas para fritar em óleo, se assim preferir.

Atualmente, só pode comprar os produtos Madre Coxinha através da página de Instagram ou Facebook, ou recorrendo ao WhatsApp (+351 912 430 376) ou e-mail (geral@madrecoxinha.com) — a fundadora da marca garante entregas para todos os pontos de Portugal Continental em 48 horas (zona de grande Lisboa tem uma taxa de entrega associada de 5€; restante território tem uma taxa entre 5€ a 10€, e um mínimo de encomendas de três pacotes).

Mas Maiara tem grandes planos para a Madre Coxinha. "Estamos a tentar entrar nos supermercados. Somos um sucesso, temos sempre muitas encomendas, e queremos chegar a mais público", conta a fundadora da marca. E se a pandemia finalmente desaparecer, quem sabe não encontra as famosas coxinhas num qualquer festival de verão, com uma cerveja na mão e zero distanciamento social.