"Eu vivia de queijo e vinho". Foi esta frase, dita por uma mulher ao seu marido, que deu origem à Queijaria do Monte, uma boutique de queijos artesanais que já conta com dois espaços na Área Metropolitana de Lisboa. Fomos conhecer este projeto perfeito para os amantes deste laticínio.
Foi Diana Mello, co-fundadora e responsável pela Queijaria do Monte, quem disse as (a nossa ver, certeiras) palavras. Fã assumida de queijo e de vinho, estava à procura de um novo desafio profissional. Tiago, o marido, apaixonado por empreendedorismo, viu logo ali uma oportunidade de negócio.
Depois de meio ano de preparações e cursos, a primeira Queijaria do Monte abriria portas no Monte do Estoril, em 2021. A segunda, mais recente, começou a funcionar a 25 de outubro do ano passado, em Alvalade. "É uma zona ótima, com muita vida de bairro e de comércio local", crê Diana Mello.
"Sempre adorámos queijo e achámos que Lisboa estava a precisar de um espaço como o nosso, porque não havia uma loja especializada. Sentimos essa lacuna", justificou à MAGG. "Nunca imaginei abrir uma segunda loja", disse-nos Diana Mello, assegurando que "tem estado a correr lindamente".
Todos estão aptos a comprar na Queijaria do Monte, "desde o consumidor mais jovem e inexperiente ao mais velho e mais conhecedor". Podem provar e levar para casa queijos portugueses, mas também espanhóis, franceses, italianos, suíços, ingleses, entre outras origens.
O menu não é fixo, pois depende do fornecimento dos queijos, que, por norma, são vendidos ao peso. Também podem ser comercializados à unidade e alguns às metades. As variedades mais caras são o stilton, um queijo inglês artesanal, e o moliterno com trufas. O quilo de ambos custa entre 60€ a 70€.
Há variedades como parmigiano, queijos de cabra, crémeux de Bourgogne, queijos de São Jorge, de mistura, cheddar, raclette, brie e roquefort. O le brin, a opção sem lactose, custa 8€/unidade. O Tête de Moine é um queijo suíço em formato de flor e o Tomme le Cousin é feito em França e curado na Suíça, mas o Beaufort foi o nosso favorito.
Mas nem só de queijo vive esta casa. "Temos o queijo e tudo o que o acompanha", resume Diana Mello. Vendem complementos como tostas, foie gras, perdiz de escabeche, carnes frias (como presunto e chouriço), compotas, mel, batatas fritas, mostarda e alcaparras.
Têm ainda uma "oferta de vinhos diferente da que há no supermercado", criada com o intuito de disponibilizar as referências que melhor emparelham com os queijos, bem como acessórios e kits para fondues. É também possível encomendar tábuas de queijos, esclarecendo para quantas pessoas serão e estabelecendo (ou não) um limite orçamental.
O queijo comté é o mais vendido. "Na passagem de ano, o meu jantar foi uma raclette", revelou-nos a apaixonada por queijo. Ambos os espaços encerram ao domingo. O de Alvalade conta com esplanada. "O conceito das lojas é muito semelhante, em termos da loja em si, do atendimento, da experiência num todo", diz Diana.
Além de Diana e do marido, Tiago, existe um outro casal envolvido neste projeto enquanto sócio. Apesar de não estar para breve, a responsável admite que gostava que a próxima abertura "também fosse em Lisboa".