O The Lisbon Club 55 é o novo bar do hotel Verride Palácio Santa Catarina, na Bica, em Lisboa. Com porta direta para a rua (no número 55), pode ser frequentado tanto por hóspedes como por passantes, e tem como objetivo agradar a todos os públicos, desde os amantes de caviar a quem só procura um bom hambúrguer.
Aberto desde 1 de novembro de 2023, este novo spot consegue sentar 35 pessoas. Trata-se de um espaço intimista e confortável, com tetos elevados, onde sobressai o veludo e a arte, bem como os tons azuis e rosa ouro. É com música a tocar em pano de fundo que pode desfrutar de uma carta repleta de cocktails e bites.
Com a chegada deste novo espaço (onde chegou a existir uma mercearia, o restaurante Criatura e uma área para eventos), o hotel passa a disponibilizar um trio de opções gastronómicas coordenadas pelo chef Fábio Alves: o The Lisbon Club 55, o rooftop bar e o SUBA, restaurante de alta gastronomia que está, desde 2022, no guia Michelin.
"Procurámos ter uma alternativa extra para os nossos hóspedes, com uma carta mais equilibrada e simples e pratos apelativos. Queríamos que fosse distinto do SUBA, que tem uma cozinha mais trabalhada, mas sempre tentando manter a qualidade do produto", explicou à MAGG o sub-chef Luís Reis.
As propostas deste gastrobar passam por snacks para partilhar ou refeições completas. Quando visitámos o The Lisbon Club 55, foi feita uma seleção dos pratos preferidos para provarmos. "São exemplificativos do nosso conceito e do que queremos mostrar", justificou a diretora do hotel, Daniela Bigote.
Para beber, foram-nos sugeridos cocktails de autor "mais quentes". As criações de Ricardo Vieira passam, por exemplo, por um Flower Sour, "uma derivação mais cítrica do Pisco Sour", que leva Pisco, St. Germáin, lima, clara de ovo e flor de sabugueiro (16€).
Já o Venezia (com licor strega, lima e manjericão) custa 16€ e é mais herbal, o que fica explicado por incluir um "licor com 40 tipos de botânicos". A Smoky Jalapeno Margarita, por sua vez, é mais picante. Leva mezcal, sumo de lima, jalapeños, cointreau e sal fumado (18€).
Fomos bochechando estes cocktails com propostas como o caviar oscietra, que surge acompanhado por nata azeda, ovo cozido, blinis e tostas. Custa 20€ e o aspeto é de umas mini-panquecas. Preferimos a bruchetta de lírio fumado com crème fraîche e ovas de truta selvagens, um dos best-sellers (8€ por duas unidades e 14€ por quatro).
Outro dos nossos favoritos foi o prego de atum, que é servido em bolo do caco com cebola roxa, wakame e folha de arroz crocante (19€). Longe de ser um prego tradicional, traz ainda um molho à base de soja. Mas os snacks continuaram.
Viria para mesa uma espécie de concha gigante com milhos de sapateira e gamba da costa algarvia, cozinhada em citrinos, com guacamole (20€). Para terminar, o crème brûlée de fava tonka com gelado de pêra bêbeda (8€), onde cada apontamento coexistia em harmonia com os restantes.
"Sentimos a necessidade de os nossos hóspedes terem um sítio onde pudessem estar e consumir um produto mais abrangente, tanto para que apreciadores de caviar e de marisco, espumante e champanhe, como para quem procura hambúrgueres, risottos e cocktails", disse-nos a diretora do hotel sobre esta procura por um conceito mais democrático.
O feedback tem sido "muito positivo". Para o futuro, estão a considerar ter noites de música ao vivo e a "fechar parcerias" para a dinamização de um espaço cultural com acesso direto deste gastrobar, que terá exposições e concertos com frequência. "São espaços que se complementam", crê Daniela Bigote.
A funcionar como hotel desde 2018, o Verride Palácio Santa Catarina chegou a ser residência real. É possível observar escadas, tetos e azulejos de origem deste palácio do século XVIII, que dispõe de 18 quartos e duas suites reais, assim como de uma biblioteca e de uma piscina exterior no último piso.