Somos recebidos por uma galega, servidos por um brasileiro e, atrás do balcão, está um grupo de israelitas que não nos vai deixar passar fome. Neste melting pot, mais um ingrediente: a comida mais incrível que o Médio Oriente nos pode dar. O De Levant é o mais recente restaurante israelita, especializado em grelhados e cocktails.

Morada: Travessa dos Fiéis de Deus, 28, Lisboa
Horário: 18h-23h. Fecha à segunda-feira.

Este novo espaço é, na verdade, uma espécie de filho rebelde do Tantura, outro conhecido restaurante com comida do Médio Oriente, também ele no Bairro Alto. "Não conseguimos sair desta vizinhança, é demasiado parecido com Telavive", explica Elad Bodenstein, um dos donos do espaço, aberto em parceria com o marido e a irmã, à MAGG.

E se no Tantura temos aquilo que Elad considera "um restaurante onde nos sentimos na casa da avó", aqui temos um espaço mais jovem, dinâmico e onde se arrisca mais na mistura de ingredientes — e onde até temos direito a um bar de cocktails.

A grelha é quem mais ordena neste restaurante que veio ocupar o espaço onde em tempos decorreu o pop up igualmente incrível Izakaya Tokkuri, dos chefs Vitor Adão (Prado) e Lucas Azevedo (Praia no Parque).

De Levant

Nos pratos principais, as opções são maioritariamente de carne, mas existe um prato vegetariano que nos encheu o olho. Um grande cogumelo grelhado, rodeado de beterraba, cenoura, aipo e alcachofra, com um guloso molho de tahini ao lado (8,25€).

Mas se optar pela carne, tem espetadas de frango marinadas em chili doce e coentros (9€), ainda que também tenha a opção das mesmas espetadas em molho de limão e um mix de ervas do Médio Oriente (9€). E ainda um kebab numa mistura de cerveja e ervas (12€), ou de entrecosto com molho de laranja e date syrup (16€).

Jafra. Lisboa já tem um restaurante palestiniano — e o húmus é de sonho
Jafra. Lisboa já tem um restaurante palestiniano — e o húmus é de sonho
Ver artigo

A lista de entradas é grande e pode até optar por ficar apenas por estes pratos mais pequenos, mas que fazem uma refeição. A começar com o pão inacreditável que é servido no couvert. Grande, ainda quente e com três opções: queijo, azeite e alho ou espinafres, sempre acompanhados de molho de iogurte, grão, tahini e tomate (5,80€).

Depois há sempre o clássico húmus, aqui super bem servido numa taça que quase apetece comer à colher (5,90€). Quanto ao babaganoush (4,90€), esqueça tudo o que já provou por cá no que toca a pasta de beringela. Esta vem servida numa travessa, com romã e um molho verde de tahini. A ideia é misturar tudo e ir aos céus.

Podíamos falar da couve flor e brócolos fritos com molho tzatziki (5,70€) ou da salada de pimentos grelhado (2,75€), mas vamos deixar que vão lá e se deixem levar por uma carta que só peca por não ter versão em português.

O restaurante está aberto para jantares, mas Elad já prometeu que em breve todo este manjar vai estar disponível para almoço, até porque não pode haver hora marcada para mergulhar naquele babaganoush.