"Disruptivo. Transgeracional. Inspiração no receituário tradicional. Conversão do animal. Tangibilidade vegetal". São estes alguns dos conceitos aliados ao Nem Carne Nem Peixe, o novo restaurante plant-based do chef David Jesus, junto à Avenida dos Aliados, no Porto.
O chef natural de Setúbal que, em 2021, inaugurou o Seiva, em Leça da Palmeira, começa um novo capítulo na área da cozinha vegetal. "Inspirados em grandes clássicos da gastronomia mundial, criamos uma carta totalmente vegetariana", é descrito, no site do projeto.
"Assumimos uma linguagem transgeracional e através dela expressamos sabores que nos remetem a memórias de toda a vida, costumes e tradição. A familiaridade da nomenclatura de cada prato contrasta com a surpresa que sentirá ao experienciar uma nova dimensão do mundo vegetal", concluem.
Neste novo spot, não há Nem Carne Nem Peixe, mas há snacks reinventados onde estas proteínas foram substituídas por alternativas criativas vegetais, tais como os rissóis de "peixe" ou de "carne" (4€), os croquetes de "carne" (4€) e a sandes de "leitão" (9,50€).
Quanto aos snacks disponíveis, também existem "bifanas" (9,50€), pastel de massa tenra (5€), "francesinha" (14€), "hambúrguer" (12€) e "batatas fritas" 3€. No menu principal, há caldo verde (6€), "choco" frito (9€), "ovos" rotos (11€), salada César (10€), alho francês muierre (11,50€) e "ovos" escalfados com ervilhas (11€).
As propostas de David Jesus continuam com filetes de "peixe" com arroz de tomate (17€), peixinhos da horta com arroz de feijão (17€), lagareiro (16€), empadão (18€), tripas à moda do Porto (18€), jardineira (17€), cabidela (18€), Wellington (20€) e lasanha (17€).
Para sobremesa, há mousse de chocolate (8€), pudim de "ovos" (7€), arroz doce (7€), natas do céu (7€), rabanada (8€), pêra bêbeda (6€) e salada de fruta (6€). "Não há ninguém em Portugal a fazer cozinha vegetal como aquela que eu faço", disse o chef, em entrevista à MAGG.
"O restaurante só é impessoal se quisermos. É muito mais do que 'o prato está bom'. É ir lá e sentir-me em casa. Sinto-me bem, conheço aquelas pessoas mesmo sem nunca ter falado com elas", afirmou, também, durante a mesma conversa.
"Quando volto, dá vontade de dizer 'vim cá para te visitar mais do que para almoçar ou jantar'. Acredito que esse é o verdadeiro caminho", afirmou à MAGG. "Há que tentar ter essa conexão. É assim que tem que ser", reforçou, procurando uma "conexão maior". É por isso que, no Seiva, vai sempre à mesa falar com os clientes.
"A minha ideia com isto é mostrar que nós realmente temos a capacidade de viver bem sem carne e peixe, mas sem grandes fundamentalismos", através dos "pratos que toda a gente conhece", mas numa versão 100% vegetal, explicou ao "Observador", sobre o Nem Carne Nem Peixe.