O mar foi levado para junto da Avenida da Liberdade e o rei é do novo cardume é Óscar, o peixe que está no centro da sala do restaurante Sexy Sea e o único que não pode ser consumido neste restaurante. Todos os outros, o robalo do arroz caldoso, o caranguejo de casca mole dentro de um bao ou o salmonete do niguiri com foie gras, podem e devem ser consumidos para saber o que acontece quando se junta peixe português e a mestria do chef Abel Moura E Cunha.
O restaurante abriu portas em regime de soft opening a 4 de janeiro na rua Rodrigues Sampaio e já anda por aí um mar de curiosos que querem conhecer este mar de propostas sedutoras em Lisboa que, no fundo, são escolhidas pelo cliente.
"O conceito principal é o cliente poder escolher da nossa montra um peixe para podermos trabalhá-lo de várias maneiras. Ou todo grelhado, a forma tradicional, ou metade em sushi e metade grelhado. Ou tudo em sushi", explica o chef do Sexy Sea, Abel Moura e Cunha, à MAGG. "A ideia é o cliente poder, de um só peixe, ter vários momentos ou várias texturas", acrescenta.
O sexy disto é que além de haver um aproveitamento de todo o peixe, o centro de Lisboa recupera um pouco das montras recheadas de espécies da costa portuguesa, como acontece quando vamos a Cascais, à Ericeira ou a Lagos.
"O mais sexy é o peixe que temos na montra. Acaba por ser o grande chamariz do restaurante, porque é uma zona onde não há grande relevância de restaurantes de peixe e esperamos que seja uma referência nesta zona", afirma o chef que já passou pela cozinha do Rabo d'Pêxe.
Outro ponto atrativo é o Óscar, o peixe que recebe os clientes do Sexy Sea. "Foi feito por um artista algarvio que trabalha neste tipo de material. Era algo que queríamos ter como referência para que as pessoas entrassem e vissem logo àquilo que vão: peixe. Apesar de também termos pratos de carne, porque não podemos descurar essa parte. Num grupo grande, pode haver quem prefira carne", refere o chef.
Contudo, é provável que isso não aconteça, uma vez que a matéria prima principal (incluindo marisco) vai diversificando consoante "o que o mar dá" — incluindo o mar dos Açores de onde vem o sargaço e o lírio usados no restaurante —, e a experiência nunca é igual porque os clientes tanto podem optar pelo peixe em forma de sushi, como transformado na grelha, ou ainda num dos pratos quentes.
Uma das propostas mais sexys da carta do restaurante é, segundo o chef, a massa fria Udon (16€), com coentros, cebola, peixe do dia, soja, manga, sorbet de yuzu. "Acaba por ser o [prato] mais arrojado, diferente, e que as pessoas não estão à espera que se materialize como materializa ao nível de sabor e texturas", afirma o chef Abel Moura e Cunha. À lista junta os nigiris de carabineiro (30€), o arroz caldoso de bivalves com peixe do dia (17€) que é "um prato mais tradicional, mas com uma interpretação um bocadinho diferente. Vai num tacho em cobre", diz.
A carta conta ainda com o tal bao de caranguejo de casca mole frito em tempura (14€), gunkans de lírio e amêijoas à bulhão pato (9€), prego de espadarte em bolo do caco (15€) e combinado de sashimi Sexy Sea, com 30 peças (50€).
Já nas sobremesas, o brownie de chocolate e espuma de avelã (7€) e a tarte de limão merengada com yuzu (7€) são dois promissores a miss sexy.
O restaurante Sexy Sea conta ainda com uma vasta carta de cocktails, como é o caso do Sea Sexy, com Gin, pepino, manjericão, maçã verde, lima e xarope de coentros (15€) e — prepare-se para esta — da Spicy Margarita: combinação de tequila, Cointreau, lima, jalapeño, sashimi (duas unidades) e trufa (15€).