O que não falta são restaurantes de comida mexicana em Lisboa, mas por alguma razão continuam a chegar mais. O novo chama-se El Santo, abriu a 24 de junho no Príncipe Real, em Lisboa, e apesar de ser mais um, não é igual aos demais.
Começando logo pela decoração, no centro do restaurante está uma imagem da Santa Muerte (figura sagrada e venerada no México), pintada pelo artista Utopia.
Mas as referências à arte e a cultura mexicana não encerram aqui e estão em cada detalhe que prende olhar ainda antes de se pegar na ementa. É o caso da "reprodução das favelas mexicanas com os seus morros e escadarias infindáveis, assim como inúmeros detalhes e objetos de decoração, todos eles criteriosamente escolhidos pela decoradora Camila Marques", afirmam à MAGG os responsáveis do El Santo, os mesmos do restaurante Ni Michi, no Lx Factory.
O restaurante era um sonho dos irmãos Filipe e Luís, que acaba de concretizar-se. "O grande objetivo sempre foi reproduzir tudo aquilo que estava na nossa mente para a realidade. A maioria das nossas ideias são fruto do que vimos durante uma viagem ao México", dizem.
Isto significa que, além da decoração, a carta do novo restaurante, assinada pelo chef Honey Lima, é fiel aos sabores originais da gastronomia do México.
E podemos de antemão adiantar que é uma carta curiosa. É que não está simplesmente dividida em entradas, pratos principais e sobremesas. Inclui também uma categoria, no que toca a bebidas, dedicada ao que foi do mundo para o México e do México para o mundo e na comida há uma parte que anuncia "pratos fortes".
Entre eles estão uma picante sopa tradicional de milho, marisco e creme de tomate mexicano, só com um nível de picante, chamada Pozole de Marisco (12€), e também o filet de rés en mole poblano, um lombo de novilho selado servido com molho mexicano com
53 especiarias secretas e malaguetas suaves (24€).
Antes de aqui chegar, é preciso passar pelas entradas, onde o picante é levado ao extremo num nível três, cujo aviso está à frente dos nachos crocantes servidos com molho de queijo mexicano e molho com chilli (8,90€). Já para os intolerantes ao picante e também vegetarianos, uma das opções para começar são as quesadillas de tomate, creme de queijo y Huitlacoche e maionese de abacate (8,50€).
Nos principais destacam-se os ceviches (desde 11,50€), os burritos nas versões de três avisos de picante, apenas um ou vegetarianos (desde 9,50€), os tacos servidos em três unidades ora Al Pastor (10€), ora com polvo picante (13€) e ainda saladas (desde 7,50€).
Nas sobremesas há os tradicionais churros com leite condensado cozido (4,90€) e também um diferente bolo cremoso de abóbora, com gelado de iogurte e calda de milho roxo (5,50€).
A acompanhar tudo isto, pode optar por provar o mundo que foi para o México, como o pisco de framboesa (9€), ou optar pelas opções que foram do México para o mundo, como é o caso da famosa Margarita (8€) ou do cocktail picante michelada, com sumo tomate, lima, tabasco, molho inglês e Coronita (7€) — carta assinada por Diogo Rosado.
O El Santo está aberto todos os dias e de quinta-feira a sábado pode estender a rodada de margaritas até à 1 hora da madrugada (é que quem vem aqui, de santinho não tem nada).