Se já conhece o Tapa Bucho na Rua dos Mouros, no Bairro Alto, em Lisboa, a primeira coisa que salta à vista é o reduzido tamanho do espaço. Com capacidade para apenas 20 pessoas, conseguir mesa no popular restaurante de petiscos, que abriu há quatro anos pelas mãos de Vasco Costa e Frederico Brás, é um desafio para quem quiser provar os pratos deste simpático espaço — até porque não é possível reservar mesa.
"Percebemos desde cedo que a questão das reservas era complicada", conta Frederico, um dos sócios do espaço, à MAGG. "O restaurante é pequeno, tínhamos sempre muita gente à porta e acabava por ser difícil ter uma fila de pessoas à espera e várias mesas paradas."
Ter um segundo espaço em Lisboa, não muito longe do restaurante original, sempre foi um objetivo de Vasco e Frederico. Mas se inicialmente esta era uma ideia para replicar o conceito do primeiro Tapa Bucho, apenas aumentando o espaço, rapidamente os dois sócios tiveram que abandonar a ideia.
O Tapa Bucho Gastrobar fica a poucas ruas do original e abriu há cerca de duas semanas ."Dado que este segundo espaço está tão perto do primeiro, começámos a pensar que ter dois restaurantes tão próximos um do outro, com o mesmo nome e o mesmo conceito, poderia dar azo a comparações. E isso era algo que não queríamos", explica Frederico Brás.
Mais espaço para comer, beber e conversar noite fora
“Ao contrário do Tapa Bucho na Rua dos Mouros, com poucos lugares e um ritmo mais acelerado, o Gastrobar foi pensado para que quem por aqui passe só queira sair bem depois da sobremesa e de longas horas de conversa, de brindes e de sabores”, salienta Frederico, que refere também que foi feita uma aposta no bar, "dado que no outro restaurante não havia muito espaço para os clientes aproveitarem esta vertente".
Com uma vasta carta de vinhos e cocktails, a diferença começa logo pelas reservas, sendo que neste segundo espaço vai ser possível marcar mesa.
"Estamos a pensar reservar cerca de 40 por cento da casa por refeição, mas ainda temos de perceber a melhor forma de o fazer. Mas vamos ter reservas", garante Frederico Brás.
Com dois pisos, uma esplanada e um logradouro, o Tapa Bucho Gastrobar tem uma decoração simplista, atual e com dizeres humorísticos nas salas de refeição (no piso superior, pode ler-se a frase "Se a vida te dá limões... Pede sal e tequila!" na parede), contribuindo assim para um ambiente descontraído e agradável.
Gastrobar: o upgrade do Tapa Bucho
Com carinho e humor, Frederico e Vasco consideram este segundo espaço quase como um upgrade do primeiro restaurante. "O conceito é diferente, o próprio espaço em si é maior e tem outra vibração e quisemos elevar um bocadinho a fasquia", refere Frederico.
Apesar das tábuas de queijos e enchidos continuarem a marcar presença, aqui também há lugar para os nuggets de pato com mostarda (7,50€), o bacalhau em tempura com aioli, limão e coentros (7,50€) e para o patê de fígado de galinha com queijo da ilha e mel (6€), entre outros pratos.
Frederico Brás explicou também à MAGG que o processo para decidir o que servir foi bastante simples. "Começámos a fazer a carta e colocámos lá coisas que gostamos muito de comer", confessa.
Com a referência de 25 euros para duas pessoas por refeição, o Gastrobar mantém a boa relação qualidade/preço do espaço original.
"Os preços diferem um pouco, sendo possivelmente um pouco mais altos em relação ao Tapa Bucho, mas apenas devido à qualidade dos produtos e da matéria-prima. Aqui no Gastrobar temos uma carta diferente, com produtos diferentes", salientam os sócios.