A palavra Taim significa delicioso em hebraico e, só por isso, a coisa promete. O novo restaurante de Lisboa segue as regras kosher, e foge àquelas que mandam que os bons restaurantes fiquem no centro da cidade.

É nas Laranjeiras que Shalom Iloz e Karin Iloz abrem aquele que é o primeiro restaurante kosher do País. Isto porque, depois de quase três anos a viver em Portugal, ainda não tinham conseguido comer carne fora de casa.

Morada: Estrada das Laranjeiras, 227, Lisboa
Horário: 12h-22h. Fecha à sexta e sábado

"Vivemos na Ericeira e, por isso, já tivemos oportunidade de comer muito peixe fresco. Mas carne é impossível, porque temos regras que cá não são comuns", explica Shalom à MAGG. Isto porque para a comunidade judaica existem alimentos proibidos, muitas vezes designados como impuros, e também porque a preparação dos alimentos obedece a regras específicas. Por exemplo, não se pode misturar carne com produtos lácteos e carnes como porco ou coelho são proibidos. A maneira como os animais são abatidos também é diferente e existe uma preocupação para que o animal não sofra. Por isso, deve ser morto num único golpe como uma faca especial e pela mão de um shohet, um especialista neste tipo de abate.

Quanto aos peixes, somente são permitidos os que têm escamas e barbatanas, ficando de fora, por exemplo, o mariscos ou o polvo.

Mas não pense, por isso, que esta mesa é feita de restrições. Pelo contrário, uma refeição aqui é uma festa. Ora veja.

Só de entradas há húmus simples (8€) e com cogumelos (9€), falafel (7€) e couve flor panada com tahini (6€). Mas há mais, desde beringela panada, sopas e saladas.

Se tanto batalharam para terem carne que possam comer, vamos destacar esta secção da carta. Aqui há húmus com almôndegas (11€), shakshouka bolonhesa e pão pita (12€) e pão laffa com peito de frango (10€) ou com carne de vaca (12€).

Mas vegetarianos nada temam, que o Médio Oriente é muito forte em opções sem carne, e isso vê-se logo nas opções de entrada, quase todas sem proteína animal. Nos pratos principais, há shakshuka simples (9€) ou com húmus (10€), vegetais assados com quinoa e nozes (12€) e pão pita com falafel (8€).

Como cumprem o sabbath, ou sábado, o dia de descanso do judaísmo e o sétimo dia da semana, fecham apenas à sexta e sábado. No resto da semana, nem sequer há hora de almoço ou jantar: do meio dia às 22 horas, basta aparecer que Shalom estará na cozinha a postos.