Aberto há nove anos em São Sebastião, o Ground Burger continua a ser merecedor - pelo menos para uma fatia generosa de foodies - do título de melhor hambúrguer de Lisboa. A nossa visita ao recém-inaugurado segundo espaço da marca, em Santa Apolónia, não tem como objetivo disputar ou discutir esse título, mas sim conhecer as novidades da carta.
Conheça as novidades
Mas temos de fazer uma confissão antes de avançarmos com o nosso feedback (humilde e honesto) das novidades do Ground Burger. Errámos. Tal era a fome e a vontade de provar um dos suculentos hambúrgueres do Ground (já podemos tratar-nos assim, não?), que pedimos um Philly Burger (15,95€) sem ler a descrição. O que é que pensámos que era? Um hambúrguer inspirado na célebre Philly Cheesesteak, sanduíche típica de Filadélfia, composta por finas fatias de carne grelhada na chapa, adornadas com queijo provolone derretido e, idealmente, com extra de cebola caramelizada.
O que é um Philly Burger? O clássico hambúrguer 100% carne Black Angus certificada (importada dos Estados Unidos) no pão brioche feito no local, jalapeños e cebola em pickle e uma camada opípara de queijo Philadelphia. Gil Ferreira, head manager do Ground Burger, diz-nos que é um sucesso. Nós acreditamos, mas não amámos. Mas se ama queijo Philadelphia, já sabe: vá com tudo.
O que amámos mesmo foi a suculência do buttermilk fried chicken (15,95€), uma sanduíche enorme, com um generoso pedaço de frango panado, suculento e crocante, com moljo gribiche, salada de funcho, pickles de pepino e tomate.
O lobster roll (29,95€), outra novidade inspirada neste prato típico da costa nordeste dos Estados Unidos e do Canadá, traz uma quantidade obscena de lagosta, adornada com manteiga noisette, maionese de aipo, zeist de chilli e lima e ainda cebolinho. O pão tipo cachorro, fofo e adocicado, é o veículo perfeito para esta deliciosa monstruosidade. Para os amantes de lagosta, existe ainda a versão em hambúrguer, o lobster burger (29,95€), uma espécie de surf and turf no pão, com o hambúrguer casado com lagosta fresca e os mesmos complementos do lobster roll.
Uma ida ao Ground Burger, para os que sofrem de colesterol alto, tem de ser cuidadosamente planeada. Porque nem vale a pena lá ir se não for para experimentar outra das novidades, o mac n'cheese (7,95€, dose individual; 16,95€, dose para partilhar, à qual se podem adicionar extras como lagosta fresca ou chili con carne).
Este mac n' cheese tem tudo o que se espera de um mac n' cheese. Massa de cotovelos bem cozinhada, afogada num molho composto por seis tipos de queijo e ainda pimento picante La Vera. E porque é de delícias norte-americanas, que encontraríamos num diner, que estamos a falar, os onion rings (8,95€) são também de provar. O segredo está na massa, neste caso, no polme, porque estes onion rings chegam tão gordos, tão crocantes e tão deliciosos que difícil é comer apenas um.
A nossa visita ao Ground Burger incluiu também a prova das decadentes dirty fries (batatas fritas com chili com carne, jalapeños em pickle e queijo cheddar derretido, 9,95€) e a refrescante coleslaw (3,95€), feita com couve roxa, cebola, cenoura, maionese fumada e basílico.
Saltámos a sobremesa mas, para os mais gulosos, além de batidos cremosos, há gelados e os doughnuts da Crush Doughnuts, que pertence ao mesmo grupo.
E já que estamos numa de novidades, Miguel Lopes, design manager da marca, revela-nos uma bem fresquinha. Depois de revitalizarem este espaço do Cais da Pedra, o grupo prepara-se para, em 2025, ocupar outro lugar contíguo, desta vez com hot dogs. O Dog Yard, ainda sem data de abertura prevista, será um espaço onde reinarão os cachorros à americana e a cerveja artesanal.
Com poucos lugares para refeições, o Dog Yard será, essencialmente, um restaurante de passagem, com janela aberta para rua. O objetivo dos proprietários é que o take away funcione 24 horas por dia e que o horário de sala seja das 12 horas às 24 horas. Uma novidade particularmente apetecível para noctívagos e frequentadores do Lux, a icónica discoteca lisboeta, que fica mesmo ali ao lado.
