Foram vários os museus, monumentos e galerias de arte que voltaram a receber visitas esta semana. Inclusive, na segunda-feira, 4 de abril, abriu o primeiro museu da Península Ibérica dedicado ao Holocausto, no Porto.
Enquanto os cinemas, teatros e restantes espetáculos não voltam, e porque as previsões para os próximos dias são de mau tempo, a MAGG dá-lhe quatro sugestões para um fim-de-semana cultural e resguardado. Para os “pais corajosos da chuva”, o caminho a seguir é para a Lourinhã.
“Meet Vincent Van Gogh” - Lisboa
A exposição já esteve patente por duas vezes desde fevereiro do ano passado, mas se ainda não teve a oportunidade de a visitar (ou quiser repetir a experiência), aproveite agora, “Meet Vincent Van Gogh” reabriu ao público esta sexta-feira, 9 de abril.
Diretamente da Holanda para Portugal, esta experiência imersiva e multissensorial, com a curadoria do prestigiado Van Gogh Museum, em parceria com a produtora portuguesa UAU, convida-o para uma viagem ao mundo agridoce do célebre pintor holandês, Vincent Van Gogh.
Ao contrário das outras exposições, aqui a regra é que pode e deve tocar: “puxe uma cadeira e sente-se à mesa com os Comedores de Batata ou suba ao monte de feno, em Arles” ou, “numa recriação em tamanho real, tire uma selfie no quarto [do artista]”, e descubra a vida por detrás das obras. Saiba mais aqui
“Deslaçar um Tormento” - Serralves (Porto)
Ainda para os amantes das artes, mas a norte do país, sugerimos “Deslaçar um Tormento” de Louise Bourgeois. A exposição, que pode ser apreciada no parque e no museu de Serralves, no Porto, inclui 32 obras representativas das sete décadas de trabalho da artista plástica, de entre as quais, uma das suas mais famosas criações e verdadeira inimiga de qualquer aracnofóbico: “Maman”.
Pois é, se estes bichinhos de oito patas lhe causam pavor, o nosso conselho é que fuja do centro do parque, ou irá dar de caras com uma monumental aranha feita de aço e bronze com cerca de 10 metros de altura. Mas que isso não seja razão para não espreitar as restantes obras de arte. Para além de esculturas e instalações arquitetónicas, a exposição tem também têxteis, desenhos e livros, autorretratos das vivências e acontecimentos traumáticos da infância da artista. Saiba mais aqui
“Manoel de Oliveira Fotógrafo” - Serralves (Porto)
Também a não perder, no parque de Serralves, está patente até finais de junho, na Casa do Cinema Manoel de Oliveira, a exposição “Manoel de Oliveira Fotógrafo”. Esta mostra, com 100 fotografias da autoria do realizador de “Aniki-Bobó” (1942), algumas impressas pelo próprio e outras que resultam de ampliações de negativos encontrados no seu acervo, vem agora revelar uma faceta até agora desconhecida da sua produção.
São imagens tiradas entre as décadas de 1930 e 1950, na sua maioria inéditas, que abrem novas perspetivas sobre a evolução da sua obra cinematográfica bem como do modo como passou a assegurar, durante um período de dez anos, a direção fotográfica dos seus próprios filmes.
A exposição é também acompanhada de um catálogo, um ciclo de cinema sobre a presença da fotografia na carreira do realizador e um programa de conferências. Saiba mais aqui
Dino Parque - Lourinhã
Se não é dos que se intimidam pelas previsões de chuva e precisa desesperadamente de levar os miúdos para fora de casa, saiba que o Dino Parque voltou a abrir portas esta sexta-feira, 9 de abril.
Situado a 45 minutos de Lisboa, este museu temático, que ultrapassa os 10 hectares de espaço aberto, é composto por cinco diferentes trajetos que dão a observar os mais de 180 modelos de espécies de dinossauros à escala real, mas também de “monstros marinhos” que reinaram os lagos e mares há mais de 450 milhões de anos.
Para além destes percursos ao ar livre, o Dino Parque conta ainda com uma exposição paleontológica interior e um “Live Lab”, onde poderá observar verdadeiros paleontólogos a trabalhar os seus achados. Saiba mais aqui
“Viral” - Pavilhão do Conhecimento
Não são só os vírus e as bactérias que nos contagiam, também o riso e o bocejo são capazes de contaminar uma multidão. Este é o ponto de partida para “Viral”.
Pensada pelo Pavilhão do Conhecimento, em colaboração com os museus Cité des Sciences e de l’Industrie, em Paris, e Heureka, em Helsínquia, esta mostra interativa explica, através de 24 módulos, o que é o contágio e como ele funciona, dando a descobrir as várias faces, biológicas e sociais, do fenómeno e questionando o seu impacto nas nossas vidas.
“Viral” já é uma das exposições mais visitadas de sempre, tendo sido vista por mais de dois milhões de pessoas. Foi também distinguida pelo Centro da Ciência Exploratorium, em São Francisco, e pelo Center for Advancement of Informal Sciencie Education como uma das mais notáveis exposições de 2016. Saiba mais aqui