Já passou quase um ano desde que vimos aquela que foi a primeira cerimónia de entrega dos Óscares sem apresentador. Na altura, o contexto era este: o humorista Kevin Hart, que acaba de ser escolhido como apresentador, enfrentava a fúria da opinião pública que o acusava de homofobia devido a uma série de tweets que tinha publicado na sua página oficial. A Academia decidiu não querer estar associada à polémica e despediu-o.

E a verdade é que a gala sem apresentador foi bem sucedida, conseguindo garantir quase 30 milhões de espectadores em direto — o que significou um aumento em 11,5% de audiências face à gala anterior.

Talvez por isso, a decisão da Academia seja a de não mudar uma estratégia que parece funcionar. É que, sabe-se agora, a nova gala também não vai ter apresentador. O anúncio foi feito esta quarta-feira, 8 de janeiro, por Karey Burke, presidente da ABC, o canal onde a cerimónia vai ser transmitida em direto nos EUA.

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"Permitam-me confirmar, junto da Academia de Cinema, que este ano a cerimónia também não vai ser conduzida por um apresentador tradicional", anunciou o Burke, citado pela revista "The Hollywood Reporter". Além disso, o presidente do canal não põe de parte que este formato se venha a repetir no futuro tendo em conta as audiências da gala passada.

"Estamos extremamente felizes com a forma como o programa decorreu em 2019. E a probabilidade é que nos vejam a repetir aquele que consideramos ser uma fórmula de sucesso", comentou acerca da gala anterior em que o filme "Green Book — Um Guia Para a Vida" levou para casa a estatueta de Melhor Filme de Drama.

Este ano, a cerimónia de entrega dos prémios mais prestigiantes da indústria do cinema acontece a 9 de fevereiro. A lista completa das produções nomeadas é conhecida na próxima segunda-feira, 13 de janeiro. Espera-se que "Joker", "Era Uma Vez... em Hollywood" e "1917" concorram pelo prémio mais importante.

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