Uma das séries mais populares da Netflix dos últimos meses está de volta. Falamos de "Quem Matou Sara?", a história que em poucos dias se tornou numa das mais vistas da plataforma de streaming e acompanha a figura de Alex Guzmán, condenado injustamente pela morte da irmã.
Quando a série começa, já Alex cumpriu os 18 anos da sua pena e sai do estabelecimento prisional com a promessa de vingar-se pelo verdadeiro responsável pela morte de Sara. Esse, é-nos insinuado ao longo dos primeiros episódios, terá sido Rodolfo Lazcano — uma das figuras mais perigosas da família Lazcano.
Problema? Contra toda as probabilidades, Rodolfo também é inocente e o verdadeiro assassino está à solta. No meio de uma história que mistura intriga, drama e violência, a intensidade promete subir de tom nos próximos episódios que chegam à Netflix já a 19 de maio.
Mas essa é só uma das novidades que vai poder ver a partir a partir das próximas semanas. Há mais, como o regresso de "Master of None" ou "O Método Kominsky".
Mostramos-lhe as séries (e os filmes) mais interessantes que vão chegar às várias plataformas de streaming disponíveis em Portugal já a partir de maio.
"The Boy From Medellín" (Amazon, 7 de maio)
No centro deste documentário, realizado por Matthew Heineman, está o cantor e artista colombiano J Balvin que, em meados de 2019, regressou a Medellín, a sua cidade, para um concerto especial.
Além de analisar a carreira do cantor, a produção foca-se ainda no contraste entre a euforia do concerto e o clima de tensão que se vivia na Colômbia da altura.
É que no momento em que o cantor se preparava para subir ao palco, o país estava dividido devido às manifestações contra a corrupção, a violência usada pelas autoridades nas ruas (que resultou na morte de um jovem de 18 anos) e às várias medidas de austeridade impostas pelo governo conservador.
"The Boy From Medellín" é o retrato de um homem que, marcado pela ansiedade e a depressão que enfrenta há vários anos, sente nos ombros a responsabilidade de denunciar as injustiças que se sentem no seu país.
"Midsommar" (Amazon, 15 de maio)
Realizado por Ari Aster, o mesmo que realizou e escreveu "Hereditário", este "Midsommar" é a prova de que o género de terror está tudo menos aborrecido. Ao contrário dos filmes do género, mas de segunda, os de Ari Aster demoram cerca de uma hora até pôr o pé no acelerador e pregar-nos aqueles sustos que nunca parecem gratuitos ou previsíveis.
Mas antes disso, é dado algum tempo para que a narrativa ganhe corpo e as personagens se vão desenvolvendo. Porque só assim faz sentido que, mais tarde, os desfechos sejam negros e quase sempre trágicos. Aqui, a história acompanha um grupo de amigos que decide viajar até à Suécia para entender a forma de viver de um culto pagão. Essa viagem, sabemos de antemão, torna-se no pior pesadelo das suas vidas.
Mas a verdade é que este terror é outro monstro. Não é demasiado duro nem assusta ferozmente, mas mói. E é capaz de agradar até mesmo aos que não são fãs do género.
"Manchester By the Sea" (Amazon, 15 de maio)
Estrado em 2016 nos cinemas, "Manchester by the Sea" é protagonizado por Casey Affleck e Michelle Williams. No centro da história, a figura de um homem que vive desolado pela morte trágica do filho e que, no processo do luto, é obrigado a cuidar de outra criança.
No processo, é obrigado a enfrentar as suas falhas e os seus demónios mais obscuros à medida que tenta salvar o que resta da sua família.
Foi um dos filmes mais elogiados de 2016 que chega agora ao streaming.
"Quem Matou Sara?", Temporada 2 (Netflix, 19 de maio)
A série começa com uma pergunta: quem, afinal, matou Sara? A justiça condena Alex Guzmán a uma pena de 18 anos pelo seu envolvimento na morte da irmã, mas o espectador sabe de antemão que Alex é inocente.
É este o ponto de partida de "Quem Matou Sara?", a nova série mexicana da Netflix que junta drama, suspense e ação numa primeira temporada composta por dez episódios.
A série arranca no momento exato em que Alex sai da prisão, 18 anos depois de ter entrado, com a missão de se vingar daquele que acredita ser o responsável pela morte de Sara.
Falamos de Rodolfo Lazcano, que é descrito com uma das figuras mais importantes da família Lazcano e que, no momento em que a série se inicia, é promovido à posição de CEO da empresa dos pais. Movido pelo ódio e a vingança, Alex tenta sondar todas as pessoas que, de alguma forma ou de outra, mantiveram um contacto regular com Sara antes da sua morte. O objetivo, claro, é o de recolher o maior número de provas contra Rodolfo e poder, assim, executar o seu plano de vingança ao mais ínfimo pormenor.
Mas há, como em todas as séries do género, um problema que alavanca a reviravolta principal: o facto de, afinal, Rodolfo não ser o responsável.
"Master of None", Temporada 3 (Netflix, 23 de maio)
Antes do escândalo sexual que o obrigou a afastar-se da representação e do espaço mediático, era na série "Master of None", um exclusivo da Netflix, que Aziz Ansari transportava para o ecrã um bocadinho da sua vida enquanto ator de origem indiana que tentava singrar em Hollywood.
É nesse percurso, que poderá ser comum a atores emergentes, que a série brilha ao mostrar, afinal, o que é esta coisa de ser millennial num mundo cada vez mais frenético e globalizado.
O enfoque da história, que toma a perspetiva de Aziz Ansari em quase toda a série, são os desamores, as irritações sem importância, os problemas de primeiro mundo, mas também questões tão importantes como o racismo e o consentimento em relações.
Nesta nova temporada, há muito esperada, Aziz Ansari passa para detrás das câmaras e assume o papel exclusivo de realizador.
"O Método Kominsky", Temporada 3 (Netflix, 28 de maio)
A comédia que junta Michael Douglas e Alan Arkin nos papéis principais. "O Método Kominsky"acompanha a carreira de um ator veterano que depois do sucesso ganha a vida a dar aulas de representação para um grupo de teatro local.
A história enriquece à medida que os dilemas de Douglas acabam por preencher toda a narrativa e atrapalhar todo o seu dia a dia no teatro ou nas relações que mantém com as pessoas mais próximas.
A série esteve nomeada para dois Emmys mas não conseguiu levar nenhuma das estatuetas para casa.