É um relato claustrofóbico dos atentados terroristas do 11 de setembro, de 2001. "9/11: Inside the President's War Room", o novo documentário disponível em Portugal através da Apple TV+, leva o espectador para o círculo íntimo de George W. Bush, na altura presidente dos Estados Unidos, e o da sua administração nas primeiras 12 horas após o ataque que mudaria para sempre o país e o mundo.

A estreia tem como objetivo assinalar os 20 anos dos ataques que vitimaram perto de três mil pessoas, numa altura em que parece termos voltado novamente à estaca zero com o regime talibã a assumir o controlo do Afeganistão, 20 anos depois de terem sido expulsos pelos EUA em retaliação pelos ataques.

Neste novo filme, realizado por Adam Wishart, conta-se "como a história começou". E porque as histórias começam sempre pelo principio, o documentário arranca com os ponteiros do relógio a marcar as 9 horas de 11 de setembro de 2001. Já o primeiro avião tinha colidido contra uma das torres do World Trade Center, em Nova Iorque, quando o segundo, sequestrado por terroristas da al-Qae,da se seguiu.

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"O primeiro parecia um acidente, o segundo confirmou um ataque deliberado, mas o terceiro [que atingiu o Pentágono] sinalizou que estávamos em guerra", recorda George W. Bush, de olhos postos na câmara de Wishart. O documentário, que intercala as imagens captadas em 2001 com as entrevistas feitas 20 anos depois, vão contando a história de como um presidente recém-chegado à Casa Branca se viu a braços com o que viria a definir a sua presidência.

Aquando dos ataques, o filme mostra como, depois de passar por bunkers e salas de uma escola primária, é decidido que o local mais seguro para o presidente estar é no ar. A "sala" de comandos é transferida para o Air Force One que, sabemos agora, não estava preparada para o que aconteceu no país.

"Sempre nos disseram que o sítio mais seguro seria junto do presidente dos EUA. Naquele dia, não era"

É que, devido a inúmeras falhas técnicas, foi necessário ao avião sobrevoar zonas específicas da cidade — e com antenas — para que o televisor do presidente captasse o que estava a acontecer, em tempo real, nos EUA. Pelo meio, seguiu-se uma ameaça credível à sua vida com todo o staff a ser mobilizado para responder a qualquer ataque no ar. "Sempre nos disseram que o sítio mais seguro seria junto do presidente dos EUA. Naquele dia, não era", recorda um dos seus assistentes em entrevista para o documentário.

A ameaça, no entanto, nunca se concretizou e não passou de uma sucessão de erros provocados pelo nervosismo e má comunicação a bordo.

"Este filme conta a história da presidência no dia com mais repercussões da história recente. Como deve um governo lidar com um ataque terrorista em larga escala, que usou quatro aviões comerciais como mísseis? Como lidariam com a perda dos amigos? E como poderiam responder?", avança a descrição oficial do documentário.

 "À medida que o relógio passa, (...) devem ordenar aos caças que atirem contra civis americanos? O presidente deve declarar guerra ou acalmar uma nação agredida? Como é que a liderança da nação mais poderosa do mundo se confrontaria com as implicações nacionais e internacionais?", completa.

De forma a assinalar os 20 anos do atentado terrorista que marcou a história dos Estados Unidos (e do mundo), o catálogo americano da Apple TV+ vai disponibilizar o documentário “9/11: Inside the President’s War Room” de forma gratuita, no dia 11 de setembro de 2021, mesmo para utilizadores que não sejam assinantes do serviço de streaming.

Em Portugal, o acesso é limitado apenas a subscritores.

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