As salas de cinema reabriram esta quinta-feira, 2 de julho, um mês depois de o Ministério da Cultura, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, ter dado ordem para que as salas pudessem voltar a funcionar no início de junho, desde que respeitassem as medidas de segurança para conter o surto de COVID-19 no País. No entanto, e devido ao número de casos de infeção em todo o território nacional, especialmente na região de Lisboa e Vale do Tejo, a reabertura foi acontecendo de forma parcial e só algumas salas independentes — como o cinema Trindade, no Porto, ou o Cinema Ideal e Nimas, em Lisboa — o fizeram nos primeiros dias de junho.
Mas nesta quinta-feira, a NOS Cinemas e a Cinema City reabriram as suas salas depois de mais de três meses fechadas ao público — entre as maiores exibidoras de cinema, a UCI é a única sem sessões em Lisboa, tendo retomado a sua programação apenas no Arrábida Shopping, em Vila Nova de Gaia. Em todas as salas, as medidas de segurança não são muito diferentes daquelas que já estão a ser adotadas pelas salas independentes que abriram no início de junho.
A lotação máxima de cada sala está reduzida para que seja possível salvaguardar uma distância física adequada entre os vários clientes que se desloquem até ao cinema. Por isso mesmo, quando comprar o seu bilhete vai ter um lugar marcado e todas filhas da sala terão de ser ocupadas mantendo-se, assim, um lugar de intervalo entre os espectadores — exceto no caso de serem coabitantes. O intervalo entre espectadores é feito na horizontal, o que significa que não haverá filas vazias atrás ou à frente dos espectadores.
Além disso, o uso de máscara é estritamente obrigatório dentro do cinema e durante a visualização do filme. Mas porque só isso não é suficiente, todos os espaços estão sujeitos a um reforço na higienização e desinfeção. Por isso mesmo, à entrada da sala todos os espectadores deverão desinfetar as mãos com álcool gel — disponibilizado pelos responsáveis do espaço.
A Cinemas NOS, que lidera o mercado da exibição comercial em Portugal, refere que, para esta reabertura, foi realizada uma "profunda reorganização de todos os processos de segurança e protocolos operacionais" onde se incluem, por exemplo, a monitorização do sistema de ventilação das salas e a criação de "circuitos diferenciados de circulação de entradas e saídas" do espaço. O objetivo é impedir que todos os espectadores formem aglomerados à entrada e à saída da sala.
Da mesma forma, a Cinema City, que também abriu as suas salas em todo o País esta quinta-feira, reforça à MAGG o "uso obrigatório de máscaras de proteção", a desinfeção "das mãos à entrada", "a importância de se respeitar a distância de segurança" entre espectadores e a importância de, ao balcão, só se dirigir uma pessoa para a compra de bilhetes.
Mas a exibidora recomenda ainda que os espectadores não tragam "objetos pessoais desnecessários" como malas, casacos, chapéus, mochilas ou sacos e que, no interior da sala, se "evite o contacto com superfícies e bens pessoais".
Os filmes a que já pode assistir no cinema
Quanto à programação da Cinema City, a exibidora garante sessões de filmes como "Freaks", "O Rececionista", "A Verdade", "Dunkirk", "Bacurau" ou o muito comentado e elogiado pela crítica internacional "O Retrato da Rapariga em Chamas".
No que toca aos filmes que vai poder ver nos Cinemas NOS, a empresa já tinha anunciado a reposição de algumas produções, incluindo do realizador Christopher Nolan em jeito de antevisão para a estreia de "Tenet" — o blockbuster que, espera a exibidora, possa trazer de volta as pessoas às salas de cinema. Devido ao surto de COVID-19 em todo o mundo, o filme tem sido consecutivamente adiado e tem agora 12 de agosto como nova data de estreia.
Enquanto não chega, os Cinemas NOS têm em cartaz produções como "Dunkirk", "Birds of Prey (E a Fantabulástica Emancipação de uma Harley Quinn)", "O Caminho de Volta", "Uma Vida Alemã", "Sonic", contando também com sessões dos três filmes mais premiados nos Óscares, "1917", "Parasitas" ou "Mulherzinhas".