Ainda que a Disney+ nunca tenha sido um serviço exclusivamente focado nos miúdos, a verdade é que a maioria do catálogo está direcionado para se ver em família. A partir da próxima terça-feira, 23 de fevereiro, no entanto, a história vai ser outra uma vez que o serviço vai ganhar uma nova área de entretenimento chamada Star — na qual estarão disponíveis séries e filmes que pertencem aos estúdios da 20th Century Fox e da FX.
Isto significa que, a partir desse dia, poderá ter acesso a séries e filmes como "Segurança Nacional", "Anatomia de Grey", "Perdidos", "Deadpool" ou até "A Favorita", distinguido nos Óscares.
Mas porque esse conteúdo extra será, ao contrário do que acontecia até agora, direcionado para idades acima dos 18 anos, a empresa repensou o seu modelo de controlo parental para que o responsável da conta possa impedir o perfil de uma criança de aceder a séries ou filmes mais violentos.
Estas novidades, no entanto, obrigam a uma mudança no valor da subscrição anual e mensal.
A pensar na chegada da Star a Portugal, mostramos-lhe tudo o que precisa de saber sobre a nova área de entretenimento do serviço.
1. Afinal, o que é a Star?
Apresentada em dezembro pela Disney, a Star foi descrita como uma "robusta coleção das melhores séries e filmes originais" dos estúdios da 20th Century Fox e do canal FX, a casa de séries de culto como "The Americans". Não será uma nova aplicação nem um novo serviço de streaming, mas sim uma nova área de entretenimento que estará lado a lado com outras já disponíveis na plataforma — como a da Disney, a da Pixar, a da Marvel, a de Star Wars e a do National Geographic.
Se, até aqui, a Disney+ se caracterizava pela disponibilização de conteúdos que toda a família podia ver, será dentro do catálogo da Star que poderá encontrar conteúdo mais adulto, como grandes séries dramáticas ou filmes intensos que acabaram distinguidos, ou premiados nos Óscares.
2. Se traz conteúdo mais adulto, como impeço os miúdos de o ver?
O facto de haver séries e filmes que podem não ser apropriados para todas as idades, obrigou a Disney a repensar os seus controlos parentais. Isto significa que o responsável da conta poderá definir, a partir de terça-feira, 23 de fevereiro, os perfis que podem ou não ter acesso livre ao catálogo da Star
Os novos controlos parentais serão mostrados logo na terça-feira, assim que o catálogo da Star for automaticamente adicionado ao serviço e o utilizador não terá de fazer nada a não ser escolher exatamente os perfis em que deseja limitar o conteúdo. Se optar por não fazer a configuração, no entanto, todos os perfis serão limitados ao conteúdo atual da Disney+ e a alguns títulos da Star cuja classificação etária seja indicada para menores de 14 anos.
A definição dos conteúdos que podem ser acessíveis em cada perfil só pode ser feita pelo titular da conta, ou seja, aquele que inicialmente pagou o serviço. Além disso, o titular da conta pode ainda bloquear, através de um código pessoal, os perfis com acesso a conteúdo violento para que os miúdos não possam aceder a ele.
3. Mas vou pagar mais?
A inclusão de mais séries, filmes e documentários significa, invariavelmente, o aumento do valor da subscrição. A partir de 23 de fevereiro, a mensalidade passará a custar 8,99€ em vez dos habituais 6,99€.
Também o plano anual sofreu um aumento, passando dos 69,99€ para os 89,90€.
4. E se já tiver pago o valor anual?
Se for um subscritor mensal, e estiver a pagar 6,99€ por mês, o valor será atualizado já em fevereiro. Se, no entanto, for um subscritor anual e já tiver pago os 69,99€ iniciais, o valor só será atualizado para 89,90€ ao final do plano atual.
5. É obrigatório usar a Star?
Uma vez que se trata de uma nova área de entretenimento e não um serviço novo, esta será adicionada automaticamente à Disney+ e os utilizadores não poderão escolher se a querem ou não na sua conta.
Por isso, o aumento do valor da subscrição é para todos os utilizadores, mesmo para aqueles que, à partida, acreditem que não beneficiaram de mais séries ou filmes.
6. Que séries e filmes há?
Tem um bloco de notas à mão? Comece a apontar, porque a lista daquilo que vai poder ver a partir de 23 de fevereiro é grande: "Anatomia de Grey", "Donas de Casa Desesperadas", "Uma Família Muito Moderna", "How I Met Your Mother", "Perdidos", "Prision Break", "Alias: A Vingadora", "Homeland", "Revenge", "Scandal" são alguns dos títulos disponíveis, bem como a "24: Live Another Day", a minissérie que marcou o regresso de Kiefer Sutherland como Jack Bauer na série de ação "24".
O cinema também vai ter presenças de peso, com filmes "A Favorita", "Deadpool", "Três Cartazes à Beira da Estrada", "O Diabo Veste Prada", "Pearl Harbor", "Bom Dia, Vietname", "Moulin Rouge" e muitos outros campeões de bilheteira, dos blockbusters dos anos 90 e 2000 até aos sucessos da atualidade.
Alguém falou em anos 90? Prepare as pipocas, que com o Star vai poder ver John McClane em ação em todos os filmes da saga "Die Hard", um dos maiores êxitos de Bruce Willis.
7. O catálogo passará a ser igual ao da Disney+ dos EUA?
Tal como já acontece com a Disney+, a chegada da Star não significa necessariamente que o catálogo português seja igual ao de outros países ou, especificamente, ao dos EUA. Isto porque além de uma curadoria que é da responsabilidade da equipa da Disney em Portugal, há conteúdos que, embora pertençam à 20th Century Fox ou a FX, estão licenciadas a outras plataformas no País.
É o caso de "The Americans", por exemplo, que embora seja uma das grandes séries da FX, continuará, pelo menos para já, a ser um exclusivo da Amazon Prime Video em Portugal. A série "Segurança Nacional", por exemplo, estará integralmente disponível na Disney+ assim como na Netflix e na Amazon.
O documentário "Framing Britney Spears", disponibilizado na Hulu nos EUA, não fará parte da Disney+ portuguesa embora, nos EUA, seja na plataforma de streaming da Disney para onde vão alguns dos conteúdos da Hulu.