O polémico e cada vez mais popular "Framing Britney Spears", o documentário sobre a vida conturbada da artista, vai finalmente estrear-se na televisão portuguesa. Produzido pelo "The New York Times" e divulgado, nos EUA, pela Hulu, a produção documental foca-se na luta legal entre a cantora e o pai, James Spears, que até há bem pouco tempo detinha o controlo sobre a carreira e o património da filha depois de esta ter sido declarada incapaz de cuidar de si própria — um estatuto que apenas é aplicado a indivíduos que denotem um estado avançado de deterioração mental ou que sejam diagnosticados com demência.
Esperava-se que, com a chegada da nova área de entretenimento Star ao catálogo da Disney+, que incorpora parte do conteúdo da Hulu, "Framing Britney Spears" pudesse ser um exclusivo da plataforma. Sabe-se agora, no entanto, que a estreia vai acontecer na televisão portuguesa.
Marque na agenda: será já na próxima segunda-feira, 22 de fevereiro, que poderá ver o documentário no canal Odisseia, da AMC. A emissão vai começar às 22 horas e vai traçar o percurso de Britney Spears desde o início da carreira até ao declínio.
O filme, de uma hora e 14 minutos, recupera vários momentos da vida conturbada da artista, como os internamentos em clínicas psiquiátricas e a relação com Justin Timberlake, que já veio a público pedir desculpa por um sistema que, explica, "conduz ao sucesso dos homens, especialmente dos brancos".
O cantor refere-se ao momento específico em que o documentário recorda imagens e entrevistas dadas pelo próprio aquando do lançamento do single "Cry Me a River", que aborda a relação e a rutura com Britney Spears.
O tema, lançado em 2002, foi visto como uma reação de Timberlake à separação de Britney Spears, e o videoclipe correspondente foi protagonizado por uma mulher com muitas semelhanças com a cantora pop. Além disso, existia uma mensagem subliminar que parecia tentar culpar Britney pelo fim da relação.
O mesmo documentário também inclui uma entrevista com Justin Timberlake, onde este admite ter tido relações sexuais com a ex-namorada, numa época em que Britney Spears falava publicamente da sua virgindade.
"Vi as mensagens, as identificações, os comentários e as preocupações e quero responder. Estou profundamente arrependido por todas as alturas da minha vida em que as minhas ações contribuíram para o problema, quando falei quando não era oportuno ou me calei quando era altura de lutar pelo que estava correto", escreveu este sábado, 13, Justin Timberlake em resposta às imagens recuperadas pelo documentário de forma a ilustrar a relação que manteve com a cantora entre 1999 e 2002.
Além de "Framing Britney Spears", sabe-se que está já a ser feito outro sobre a cantora, exclusivamente produzido e controlado pela Netflix. O documentário, ainda sem título, vai ser realizado por Erin Lee Carr, que se especializou na produção e realização de documentários de crime como "I Love You, Now Die: The Commonwealth v. Michelle Carter" ou "Mommy Dead and Dearest", ambos na HBO.
Ainda que a nova produção não tenha sido oficialmente anunciada pela Netflix, as filmagens já estavam numa fase muito avançada ainda antes de "Framing Britney Spears" se estrear a 5 de fevereiro.