Há poucos meses falava com uma amiga sobre cinema quando percebi que ela nunca tinha visto "O Padrinho". Nem "A Lista de Schindler". E agora que me recordo, pelo desprezo que deitou à televisão na nossa última passagem de ano, enquanto revia "O Senhor dos Anéis", penso que a trilogia épica dos livros de Tolkien também não lhe deve ter passado pela frente dos olhos.

São galardoados com Óscares, têm interpretações míticas e frases que até ao dia de hoje repetimos em conversas. Segundo a plataforma IMDb, estes dez filmes são considerados os melhores de sempre e não lhe devia escapar nenhum.

"Clube de Combate" (8,8/10)

Brad Pitt e Edward Norton protagonizam, David Fincher realiza. O filme, que conta a história de um aborrecido empregado de escritório seduzido para o submundo das lutas ilegais, foi nomeado para um Óscar nas categorias técnicas e é, até hoje, um dos papéis mais marcantes do ex-marido de Angelina Jolie.

"O Bom, o Mau e o Vilão" (8,9/10)

É o único western desta lista, género muito popular nas décadas de 50 e 60. Num dos papéis mais marcantes da sua carreira, Clint Eastwood interpreta um caçador de recompensas que se junta um assassino e a um bandido em busca de fortuna.

"Pulp Fiction" (8,9/10)

Apesar do meu amor pelos dois volumes de "Kill Bill", esta é, sem dúvida, a obra prima de Quentin Taratino, que arrecadou o Óscar de Melhor Argumento Original com este filme. Desde o monólogo de Samuel L. Jackson (quem se pode esquecer de "Ezequiel 25:17"?) à dúvida de John Travolta sobre os nomes dos hambúrgueres em França, o filme, que já foi considerado um dos mais influentes da década de 90, é um thriller alucinante, recheado de cenas míticas ainda hoje recordadas. Além da dupla Jackson e Travolta, conta também com a participação de Uma Thurman, Bruce Willis e Maria de Medeiros.

"O Senhor dos Anéis — O Regresso do Rei" (8,9/10)

O último capítulo da saga realizada por Peter Jackson, inspirada nos livros de J.R.R. Tolkien, "varreu" a cerimónia dos Óscares de 2004 e levou 11 estatuetas para casa, incluindo a de Melhor Filme e de Melhor Realizador. Depois de uma jornada recheada de perigos, trolls e elfos, Frodo consegue finalmente destruir o anel e Aragorn torna-se Rei da Terra Média.

"A Lista de Schindler" (8,9/10)

Realizado por Steven Spielberg, aqui não há espaço para as aventuras de Indiana Jones ou para os dinossauros de Jurassic Park. O filme, que retrata ao detalhe os horrores da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, foca-se no esforço de um alemão (interpretado por Liam Neeson), membro do Partido Nazi, que faz de tudo para salvar vários judeus, abrindo uma empresa metalúrgica de fachada e contratando apenas prisioneiros. Filmado a preto e branco, a ausência de cor é interrompida apenas para mostrar uma menina de casaco vermelho, naquela que é uma das cenas mais dramáticas e arrepiantes do cinema. Com interpretações de excelência de Nesson, bem como de Ralph Fiennes e Ben Kingsley, o drama ganhou sete Óscares, incluindo o de Melhor Filme.

"Doze Homens em Fúria" (8,9/10)

Nomeado para três Óscares da Academia, o drama protagonizado por Henry Fonda foca-se no sistema de julgamento norte-americano, que chega a veredictos através de um júri, que deve ser unânime. O filme retrata o esforço de um jurado, que tenta a todo o custo fazer justiça, apelando aos seus restantes colegas que interpretem novamente as provas do crime que se encontram a julgar.

"O Cavaleiro das Trevas" (9/10)

Depois de George Clooney quase ter arruinado o franchising de Batman para sempre, o realizador Christopher Nolan tomou para si os comandos do Batmobile e deu novo ânimo ao super-herói de vestes negras. Christian Bale é Bruce Wayne, AKA Batman (a voz, senhores, a voz!), e Heath Ledger interpreta o último papel da sua vida, no melhor Joker que o cinema já viu. A interpretação de um dos vilões mais conhecidos de Hollywood valeu-lhe o Óscar póstumo na categoria de Melhor Ator Secundário.

"O Padrinho: Parte II" (9/10)

Depois da morte do pai, cabe a Michael Corleone (Al Pacino) assumir o controle de uma das famílias mais poderosas da máfia italiana nos EUA. A segunda parte da obra incontornável de Francis Ford Capolla aborda a ascenção de Michael no mundo do crime, ao mesmo tempo que nos mostra o início de tudo, com a chegada de um jovem Vito Corleone (Robert De Niro) a Nova Iorque. Vencedor de seis Óscares, há quem considere a sequela até melhor do que o filme original.

"O Padrinho" (9,2/10)

Apesar de ser fã do filme que arrecada o primeiro lugar desta lista, tenho de discordar com a "medalha de prata". Na minha singela opinião, "O Padrinho" é o melhor filme de todos os tempos e deveria encabeçar esta seleção. A história escrita por Mario Puzo mostra-nos os meandros de uma poderosa família italiana, envolvida no mundo da máfia, liderada por Don Vito Corleone, na interpretação mais emblemática da carreira de Marlon Brando (que ganhou o Óscar de Melhor Ator, mas não compareceu na cerimónia e recusou a estatueta em nome dos maus tratos à comuniade indígena norte-americana). Brando dividiu as atenções com o jovem Al Pacino, no papel de Michael Corleone, nomeado para Melhor Ator Secundário, nomeação que também foi alvo de polémica — devido a ter mais tempo de ecrã do que o seu co-protagonista Marlon Brando, Pacino acreditava ter merecido a nomeação na categoria principal e também não compareceu na cerimónia.

"Os Condenados de Shawshank" (9,3/10)

Tim Robbins e Morgan Freeman protagonizam este drama, considerado pelo IMDb como o melhor de sempre. O filme conta a história de Andy Drusfene, um homem condenado a pena perpétua pelo homicídio da sua mulher e do amante, apesar das alegações de inocência do mesmo, e a sua ligação a outros prisioneiros na prisão de Shawshank durante os longos anos de aprisionamento. Foi nomeado para sete Óscares, mas não venceu nenhum, tornando-se o grande derrotado da cerimónia de 1995. E está disponível na Netflix.

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