Esta história é de fácil identificação com o espectador porque faz-lhe uma pergunta muito simples. Se a ganância de uma gigante farmacêutica resultasse na morte de uma pessoa próxima e não surgisse daí qualquer responsabilização, até onde iria para conseguir justiça? Provavelmente, até às últimas consequências.

É isso que Ray Cooper, a personagem interpretada por Jason Momoa ("A Guerra dos Tronos"), faz em "Sweet Girl" — o novo filme original da Netflix que ocupa, há vários dias, o primeiro lugar da lista de conteúdos mais vistos da plataforma de streaming em Portugal.

Ao longo de quase duas horas desta produção, acompanhamos os dilemas de um homem que viu a sua vida virada do avesso quando uma farmacêutica, movida apenas pela ganância de gerar mais lucro e satisfazer os seus investidores privados, decide deixar de comercializar um medicamento direcionado para doentes oncológicos.

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A mulher de Cooper é uma das milhares de doentes afetadas por esta decisão. A travar uma luta contra o cancro há vários meses, acaba por morrer numa altura em que o medicamento, caso não tivesse sido retirado do mercado, lhe poderia ter salvo a vida. Cooper fica viúvo, enquanto a filha fica órfã de mãe.

É neste contexto que este homem, ainda num processo de luto doloroso, decide pôr tudo em risco para tentar levar à justiça a farmacêutica que, indiretamente, causou a morte da mulher. O processo de vingança, percebemos logo de início, prevê-se moroso, mas traz perigos que nem pai nem filha alguma vez seriam capazes de prever.

O resultado desse esforço é este filme intenso e emocionante que o deixará a pensar na história horas depois de a ter terminado.

Realizado por Brian Andrew Mendoza, "Sweet Girl" conta com um elenco composto por nomes como Isabel Merced, Manuel Garcia-Rulfo, Adria Arjona, Amy Brenneman, Milena Rivero e Justin Bartha.