Todos os anos sem exceção há uma drama (ou vários) em torno do universo eurovisivo. E 2022 não é exceção. Este sábado, 29 de janeiro, Espanha escolheu a sua representante no Festival Eurovisão da Canção e a decisão recaiu sobre "SloMo", interpretada por Chanel.
O problema é que a música ao estilo reaggaeton não era a favorita dos espanhóis e dos fãs eurovisivos, divididos entre o hino feminista "Ay Mamá", de Rigoberta Bandini, que atuou com uma mama gigante em palco, e o folclore enérgico das Tanxugueiras, que interpretaram a canção "Terra" em galego.
No entanto, a combinação entre o voto do painel de jurados escolhidos pela TVE, o júri demoscópico (um painel anónimo de 350 pessoas, representativo da demografia espanhola) e o televoto resultou na vitória de "SloMo". A catalã Rigoberta e as galegas Tanxugueiras obtiveram as votações mais altas do televoto, no entanto, este teve apenas um peso de 25%, estando os restantes 75% divididos entre o painel de jurados e o júri demoscópico.
Chanel, com "SloMo", venceu o Benidorm Fest
Rigoberta Bandini ficou em segundo lugar
As Tanxugueiras ficaram em terceiro
Após o anúncio da vitória de Chanel, ecoou nas redes sociais a frase "ni teta ni pandereta" ("nem mama nem pandeireta", uma alusão ao seio da atuação de Rigoberta Bandini e às pandeiretas das Tanxugueiras) e a revolta geral dos fãs das favoritas. Houve quem questionasse os critérios do júri profissional e até quem sugerisse, de forma bem humorada, que Portugal concorra à Eurovisão com as galegas Tanxugueiras.
Antes do Festival Eurovisão da Canção, o público português vai ter a oportunidade de conhecer melhor a candidata espanhola. Chanel vai atuar na segunda semifinal do Festival da Canção, a 7 de março.