Já está disponível mais um álbum de uma das maiores artistas pop desta geração. Taylor Swift, cantora norte-americana de 35 anos que começou a conquistar o público em 2006, lançou esta sexta-feira, 3 de outubro, "The Life of a Showgirl", o seu 12.º álbum e um disco muito esperado desde agosto, mês em que a artista anunciou a novidade.
Esta foi revelada no podcast do namorado, Travis Kelce, com o irmão, Jason Kelce, e Taylor Swift apareceu na altura com uma pasta verde esmeralda com as suas iniciais em laranja, sendo que o interior da caixa também era laranja. Depois, retirou o seu novo álbum de lá de dentro, com Jason Kelce a mostrar-se bastante intrigado. “Este é o meu novo álbum, 'The Life of a Showgirl'”, disse a artista, com o irmão do namorado a fazer uma festa. “TS12”, gritou Travis Kelce, deixando claro que este é o décimo segundo álbum da cantora.
E não é para menos, uma vez que Taylor Swift é mesmo uma das maiores artistas pop desta geração. A cantora começou a sua carreira em 2006 com um álbum homónimo, e desde aí nunca mais parou, tendo lançado outros 10: “Fearless”, “Speak Now”, “Red”, “1989”, “Reputation”, “Lover”, “Folklore”, “Evermore”, “Midnights” e “The Tortured Poets Department”. No meio dos últimos dois, fez a maior digressão de toda a sua carreira, “The Eras Tour”, e regressa agora com um álbum mais divertido e cheio de curiosidades.
12 músicas para o seu 12.º álbum
É verdade. Parecem poucas, uma vez que o último álbum de Taylor Swift, “The Tortured Poets Department”, contava com 31 canções, mas a verdade é que o número tem um propósito: é nada mais nada menos (se é que isto se pode dizer cada vez que se fala sobre Taylor Swift, uma vez que a artista é a mestre a esconder dicas e easter eggs) para assinalar o facto de este ser o 12.º álbum da artista, e por isso é que tem 12 temas. E, pelo menos até ao momento, Taylor Swift também já confirmou que não vão existir canções bónus.
Na sua ida ao podcast do namorado, a artista explicou que queria muito que "The Life of a Showgirl" fosse "muito mais contido e conciso" do que alguns dos seus trabalhos anteriores, sendo assim um álbum mais compacto e cheio de êxitos, mas há mais teorias feitas pelos fãs nas redes sociais - 12 também pode simbolizar um ciclo completo (neste caso, 12 meses de um ano), ou então os 12 signos do zodíaco. No entanto, não se sabe o verdadeiro propósito, mas uma coisa já é certa: a crítica está a gostar, descrevendo o novo álbum como "um grande triunfo".
O verdadeiro propósito
Taylor Swift deixou logo bem claro qual era o verdadeiro propósito de "The Life of a Show Girl" - e não, não era lançar apenas mais um álbum cheio de frases que se tinham formado na sua cabeça nem sobre separações dramáticas que a fizeram chorar durante dias. Na verdade, o grande objetivo era ter "melodias tão contagiantes que quase deixam o ouvinte zangado" e letras que fossem "tão vívidas, mas nítidas, focadas e completamente intencionais". Além disso, a artista explicou no podcast que o álbum é sobre "tudo o que estava a acontecer nos bastidores" e que queria que a capa desse a entender essa mesma ideia.
É "a vida para lá do espetáculo", disse, acrescentando que o laranja utilizado como cor do novo álbum tem que ver com a fase da vida em que se encontra. "Em termos de energia, é como a minha vida tem sido. Exuberante, elétrica e vibrante”, explicou. E isso, claro, também tem que ver com o novo amor na sua vida (mas já lá vamos) e com as amizades que tem conseguido manter ao longo dos anos, nomeadamente com Sabrina Carpenter. A artista, que está cada vez mais na ribalta, é a única colaboração no novo álbum, numa canção cujo título é o mesmo que o do álbum, o que mostra a evolução da relação entre as duas, que ficou mais visível quando a cantora fazia a abertura dos concertos de Taylor Swift.
As (possíveis) referências a Travis Kelce
E se o álbum é "exuberante, elétrico e vibrante", isso também se deve a alguém: Travis Kelce. O casal assumiu a relação em 2023, tendo ficado noivos em agosto deste ano, e parece que a relação vai sempre de vento em polpa de tão apaixonados que parecem cada vez que são apanhados juntos ou a falar um do outro. Ora, se o amor está no ar, então isso também se faz sentir no novo álbum, e não é apenas na maneira como Taylor conseguiu torná-lo mais divertido: é também nas referências que fez ao namorado em várias canções, segundo a "Page Six".
A primeira acontece logo na primeira canção, "The Fate of Ophelia", onde Taylor Swift canta aparentemente sobre como Travis Kelce tomou a iniciativa de tentar falar com ela num dos concertos da The Eras Tour: "Ouvi-te chamar / No megafone / Queres ver-me a sós / E se nunca tivesses vindo por mim / Eu podia ter-me afogado na melancolia". Já no terceiro tema, "Opalite", os fãs acreditam que o nome vem do signo do jogador de futebol americano, uma vez que Travis é balança, o que significa que as suas pedras de nascimento são opala ("opalite" em inglês) e turmalina.
No entanto, as maiores referências chegam na oitava faixa do álbum: "Wi$h Li$t". Aqui, Taylor Swift fala sobre a próxima fase da sua vida com Travis Kelce, revelando o que gostava no futuro. “Eu só te quero a ti / Ter alguns filhos / Fazer o bairro inteiro parecer-se contigo / Dizemos ao mundo para nos deixar em paz e eles deixam / Faz-me sonhar com a entrada de casa / com um cesto de basquetebol / Dar a volta, assentar / Tenho uma lista de desejos / Eu só te quero a ti”, diz a artista. Na nona canção, "Wood", Taylor Swift apimenta a letra e descreve o amor de Travis como a chave que lhe abriu as pernas, e na 11.ª canção, "Honey", o título é uma clara referência aos nomes que o atleta lhe chama cada vez que fala sobre ela.
A produção foi feita por mestre dos anos 90
E se já conseguiu ouvir o álbum ou pelo menos algumas das canções, então já deve ter reparado que este está mais divertido, solto e com algumas referências aos anos 90, especialmente toda a arte envolvida. Isto acontece porque foi a dupla Max Martin e Shellback que escreveu as letras em conjunto com Taylor Swift e que produziu o álbum, depois de terem colaborado com a artista em êxitos como "Shake It Off" e "I Knew You Were Trouble". Os dois são conhecidos por serem génios do pop nos anos 90, segundo o "Screen Rant".
E porquê? Porque colaboraram em êxitos não só com Britney Spears como também com NSYNC e Backstreet Boys, o que lhes dá um historial bem preenchido e respeitado na indústria musical. A decisão de se reunirem novamente deveu-se ao facto de Taylor Swift querer lançar um álbum pop divertido com melodias contagiantes e fortes, mas que não perdesse a essência das eras Folklore e Evermore que tanto marcaram a sua carreira. “Só porque estamos a fazer músicas pop, não significa que tenhamos de sacrificar o lirismo poético", disse Max Martin, citado pelo site.