Desde que me conheço que sou completamente cética. Respeito tudo aquilo que desconheço e opiniões diferentes da minha. Mas, geralmente, só acredito naquilo que vejo. Sou muito racional e questiono tudo. Só que... sou extremamente curiosa.

Ora, por ver pessoas que tenho em tão boa conta a usarem esta ferramenta nas suas vidas, marquei um encontro com a Vera Xavier, taróloga, e foi, nesse dia, que me lançaram as cartas pela primeira vez na vida (se é este o termo que se pode utilizar).

A Vera apresenta-se também como uma terapeuta, é formadora na área do tarot, desenvolvimento pessoal e coaching. Mas, mais do que tudo isso, é bastante simpática, calma, divertida, e com um sentido de humor apurado.

Segundo os especialistas e crentes na matéria, o tarot é um sistema de simbologias e significados, centrado num conjunto de cartas, que permite analisar e pensar sobre o passado, presente e futuro. Muita atenção agora: a Vera foi a primeira a dizer-me que o tarot não adivinha o futuro, ok? Disse-me ainda que cada um, com as suas próprias atitudes, é que define o que irá acontecer. A leitura feita é apenas uma tendência, baseado na estrutura mental de cada um e daquilo que nos rodeia. Aliás, a Vera explicou-me que aquilo que a fez apaixonar pelo tarot foi precisamente a sua utilidade. Por outras palavras: a tendência é X, por isso, 'bora lá fazer Y. Somos capazes de transformar tudo.

Site: www.tarotdeisis.com

Email: veraxavier@tarotdeisis.com

Telefone: 926 319 119

Bom, regressando ao início: sabem aquele cenário que todos imaginamos a entrar numa sala escura, a dar de caras com alguém lunático, distante, místico, com uma vestimenta diferente e um cheiro muito forte a incenso? Pois que não foi nada disso. Foi o oposto, na verdade. Por isso, podem já tirar essa ideia da vossa cabeça. A Vera foi ter comigo à redação da MAGG. Assim que chegou, telefonou-me, disse que já estava ali, fui recebê-la à porta e fomos as duas para a uma das salas de reuniões.

Achei-a logo muito engraçada, cheia de vida, com um ar normalíssimo (gira e com muita pinta, por sinal). Criou-se um ambiente bastante descontraído, e em momento algum me senti nervosa. Estava, sim, morta de curiosidade! Antes de lançar as cartas, só confirmou o meu primeiro e último nome (que sabia, claro) e a minha data de nascimento.

Numa primeira fase, fez-me uma leitura mais geral da minha vida e da minha personalidade (foi aqui que me disse que este ano irei fazer uma viagem que me irá deixar bastante diferente... ahah!) E, depois, fomos por partes: saúde, família, trabalho e, por fim, amor. E aqui explorou cada um destes campos. Obviamente que esta parte vou deixar só para mim porque é demasiado pessoal... exploramos um lado muito íntimo, quase que parecia que estava numa consulta com uma psicóloga.

Uma coisa muito engraçada: temos sempre que partir as cartas com a mão esquerda, pois está ligada às emoções... então lá ia eu, tantas vezes, involuntariamente, partir as cartas com a mão direita (que está ligada ao cérebro, à razão). Eu não disse logo no início deste texto que era muito racional?

Bom, este artigo é dedicado aos céticos como eu: é uma experiência muito interessante e vão apenas até onde querem ir, e só pedem respostas para aquilo que querem explorar. E não se esqueçam: a vida é muito mais gira se não soubermos o que acontece no dia seguinte? Se soubesse o que estaria a fazer daqui a dez anos, estar aqui, neste momento, a escrever-vos este texto, se calhar perdia todo o sentido. A graça da vida é mesmo essa!