20 anos depois do primeiro encontro que mudou o diálogo entre luxo e fast fashion, Stella McCartney e a H&M voltam a cruzar caminhos e a unir forças. A colaboração, anunciada em Londres durante os Fashion Awards, que aconteceram esta segunda-feira, 1 de dezembro, é sinónimo de, simultaneamente, um regresso carregado de história e de um futuro por desenhar.
Na red carpet, algumas personalidades foram uma montra viva daquilo que está por vir. De Emily Ratajkowski, em preto, a Amelia Gray, em renda luminosa, passando por Anitta, num look vermelho profundo (que, em comunicado, disse ter sido "uma honra" e descreveu como uma "combinação perfeita entre duas marcas"), é visível que arrojo vai ser a palavra de ordem com a designer britânica.
Afinal, a coleção, prevista para a primavera de 2026, mergulha no ADN da criadora com silhuetas icónicas, códigos da casa revisitados e materiais responsáveis, muitos deles reciclados, não fosse ela conhecida pelo uso do Fur-Free-Fur. Tudo isto é sinónimo daquilo que significa colaborar, hoje em dia, com marcas de fast fashion, que é também ter de assumir uma posição.
A par disso, se está familiarizado com o trabalho de Stella McCartney, anime-se: vêm aí referências a algumas criações da designer. "Voltar a trabalhar com peças do meu arquivo dá-me energia", admitiu. E recordando o caminho já percorrido, frisou que esta segunda é uma "oportunidade de refletir" sobre os avanços na "sustentabilidade, práticas livres de crueldade animal e designs conscientes".
A H&M diz que a acompanha nessa missão. "A orientação moral de Stella e o seu compromisso incansável com práticas sustentáveis têm inspirado todos nós na H&M há muito tempo, por isso é uma honra colaborar com ela num projeto tão ambicioso", confirma Ann-Sofie Johansson, diretora criativa e conselheira da marca (algo que confirma que está em linha com a conversa que tivemos com a mesma, em outubro).