Jane Birkin, Marta Chávarri, Kate Moss, Alexa Chung, Brigitte Bardot. O que é que une todas estas personalidades conhecidas? Foram, ao longo das décadas, consideradas it girls. O título não se esgota nesta mão cheia de figuras incontornáveis da cultura popular – podíamos ir ao baú e continuar a enumerá-las, porque este também foi atribuído a tantos outros nomes sonantes, mas temos outros afazeres.

Para os mais velhos, o termo não é desconhecido, mas explicá-lo a quem cresceu na era dos influenciadores não é tarefa fácil. Aliás, difícil é tentar não cometer o erro de chamar it girl a qualquer mulher que tenha umas quantas centenas de milhares de seguidores e vista (ou faça) coisas que, aos nossos olhos, são consideradas aprazíveis. Oxalá fosse assim tão simples.

Trocado por miúdos, a popularidade é secundária, algo que se vai atingindo no processo, não se assumindo como condição necessária nesta equação. É que, na verdade, o termo it girl nada mais é do que uma condensação de características como sex appeal, magnetismo e carisma, emparelhadas com um "je ne sais quoi" muito próprio de quem assim é definido.

Mas, afinal, como é que o termo surgiu? Para simplificar, basta rumarmos até 1927. Foi nesse ano que, graças aos estúdios Paramount, surgiu a it girl que veio trilhar caminho para todas as outras: a atriz Clara Bow, protagonista do filme "It", que encantou tudo e todos com o casamento de uma beleza e personalidades de cortar a respiração, confirma a "Glamour".

A partir dessa década, foi uma expressão que nunca mais deixou de dar o ar da sua graça no léxico dos anos seguintes. E à medida que o tempo foi passando, esse estatuto deixou de se limitar às personalidades de Hollywood – até porque muitas mulheres que foram definidas desta forma, numa primeira instância, acabaram por se tornar autênticos ícones culturais, como Audrey Hepburn e Marilyn Monroe.

Em Portugal, exemplos também não faltam. Nos anos 2000, Isabel Figueira, Elsa Raposo, Luísa Beirão, Bárbara Guimarães, Catarina Furtado e Raquel Prates carregaram esse título às costas. Nas décadas que se seguiram, várias foram as personalidades também apelidadas dessa forma pelo público, como Mafalda Castro e Bárbara Inês – que até tiveram um programa na MTV com esse mesmo nome – ou Joana Vaz, por exemplo.

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Atualmente, o conceito é difuso e conhecemos outro tipo de it girl. Graças à cultura das influenciadoras digitais, algumas mulheres conseguiram reunir milhões de seguidores, tiveram oportunidade de dar vida aos seus próprios negócios e redefiniram este conceito. No entanto, uma vez que essas já todos conhecemos, reunimos algumas figuras que têm vindo a destacar-se pelo seu estilo e que poderão muito bem estar a caminhar para o mesmo.

Daquelas que já assim são definidas por publicações internacionais como a "Hola! Fashion", das quais se destacam Vicky Montanari, Caetana Botelho Afonso, Rita Montezuma – o trio que popularizou a estética portuguese girl pelo mundo fora –, Inês Isaías e Beatriz Bontempo, a nomes como Elisa Boto, Beatriz da Costa Bica, Mariana Martins, Francisca Santos ou Leonor Cruzeiro, o magnetismo destas figuras já é palpável.

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