
Se é um ávido fã de moda, aquilo que acontece na primeira segunda-feira de maio dispensa apresentações. Se a memória já lhe falha, nós relembramos: na noite desta segunda-feira, 5 de maio, várias celebridades rumam até ao Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, Estados Unidos, para mais uma edição da Met Gala.
Este ano, o mote é dado pela nova exposição do Costume Institute, que abre ao público dias depois da gala: Superfine: Tailoring Black Style. Esta foca-se no dandismo negro e mergulha na forma como a moda masculina foi – e continua a ser – usada para construir identidades dentro da diáspora africana. É a primeira exposição do Met dedicada exclusivamente à roupa de homem em mais de duas décadas.
A exposição tem como ponto de partida o trabalho da investigadora Monica Miller, autora do livro "Slaves to Fashion", que analisou o dandismo como uma forma política e estética de resistência. Assim, o dress code oficial da gala (Tailored For You, dizem) segue o mesmo alinhamento e convida os convidados a explorar, reinterpretar e expandir o conceito de alfaiataria com um toque pessoal.
A lista de co-presidentes não deixa margem para dúvidas: esta Met Gala vai ser politicamente consciente, culturalmente rica e esteticamente vibrante. Pharrell Williams, Colman Domingo, Lewis Hamilton, A$AP Rocky e, como sempre, Anna Wintour lideram o evento, com LeBron James a juntar-se como co-presidente honorário.
A lista não se fica por aqui, já que o comité anfitrião deste ano é um leque super diverso. De Simone Biles a Chimamanda Ngozi Adichie, passando por Spike Lee, Dapper Dan, Tyla, Usher ou Olivier Rousteing, esta é uma celebração que vai muito além da moda – é sobre narrativa, representação e justiça estética. Todos estes nomes têm histórias que cruzam arte, ativismo, desporto e cultura pop.
No ano passado, o tema foi "Sleeping Beauties: Reawakening Fashion", uma homenagem delicada a peças de roupa históricas demasiado frágeis para serem usadas novamente. A exposição usou tecnologia de ponta – como IA, projeções 3D e sons imersivos – para trazer estas “belas adormecidas” de volta à vida, numa reflexão poética sobre o tempo, a memória e a conservação da moda.