Vivo sozinha há alguns anos, infelizmente já recebo demasiadas contas em meu nome e até o carteiro já faz piadolas quando a conta da EDP chega, até ele sabe que é a mais temida.

Assim, e porque tenho um senhorio que não me pediu três órgãos vitais e uma perna por uma casa, resolvi deixar de pagar uma renda e decidi comprá-la. Aquela seria a minha primeira casa.

Os bancos, antes de iniciarmos todo o processo, prometem tanto facilitismo que senti que ia entrar num parque de diversões. Atropelaram-se uns aos outros para me chamar à atenção e prometeram-me tanta simplicidade que, por momentos, me esqueci que não tinha dinheiro para mandar cantar um cego, e de uma casa, ponderei comprar um condomínio privado em Vale do Lobo. Eu? Eu podia tudo!

Até que chegou o momento em que efetivamente comecei a apresentar documentos… “falta só um papelinho” — foi a frase que mais ouvi nos últimos meses. Ou era um documento meu, ou do fiador, ou até do periquito que já faleceu há largos anos.

E a quantidade de léxico que acrescentei ao meu dicionário? Spread? Taxa fixa? Taxas Euribor? IMI? Neste momento a compra já se tornou num desafio. Há quem queira ter muito dinheiro, um emprego de sonho, um corpo de vergar aos céus, eu quero comprar a minha casa.

Comparando, os bancos são uma espécie de treino com um Personal Trainers: temos de penar muito para depois vermos os resultados. E eu estou (muito!) ansiosa para ver a minha casa, finalmente, com a minha assinatura.

Desejem-me sorte para esta corrida tão importante da minha vida.

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