Sabe qual é a melhor coisa a fazer a seguir a uma discussão? Abraçar o seu interlocutor — ou, pelo menos, é isso que afirma um estudo norte-americano divulgado a 3 de outubro. De acordo com a pesquisa conduzida por um grupo de investigadores da Universidade de Carnegie Mellon, no estado da Pensilvânia (Estados Unidos), abraçar a pessoa com quem esteve a discutir pode ter um efeito positivo no seu humor.

A equipa liderada por Michael Murphy, professor do Departamento de Psicologia da universidade, levou a cabo uma investigação com uma amostra de 404 participantes. Estes foram questionados sobre os temas das discussões mais recentes que tinham tido, se tinham ou não abraçado o seu interlocutor após o final das mesmas e como o abraço tinha afetado a forma como se estavam a sentir. Os resultados demonstraram que os participantes que tinham abraçado a pessoa com quem tinham tido uma altercação tinham mais probabilidades de se sentirem bem após uma discussão do que aqueles que não o tinham feito.

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De acordo com os investigadores, o estudo pretende realçar o impacto positivo que o toque humano pode ter nas relações interpessoais. “Os toques não-sexuais estão a emergir com um importante tópico no estudo das relações sociais dos adultos”, pode ler-se no relatório, onde também se afirma que estes toques estão associados a um aumento da sensação de segurança, suporte emocional, intimidade, maior satisfação nas relações e facilidade na resolução de conflitos.

“Receber um abraço no dia de um conflito está associado a um efeito positivo, efeito que se vai prolongar até ao dia seguinte quando comparado com os efeitos de outras discussões que não terminaram com este gesto de carinho”, pode ler-se no referido estudo. No entanto, embora os investigadores tenham encontrado uma correlação positiva entre os abraços e a melhoria do humor geral, estes admitem que podem existir outros fatores a contribuir para o humor positivo ou negativo dos participantes.

“Mesmo com estas limitações, a nossa investigação contribui para a melhor perceção do papel dos toques interpessoais nas relações sociais e como estes podem contribuir positivamente para a resolução de conflitos”, concluem os investigadores.