A esclerose múltipla (EM) é uma condição inflamatória crónica do sistema nervoso central, atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e é a doença neurológica mais comum, não traumática e incapacitante em jovens adultos.
Agora, de acordo com um grupo de investigadores, a doença pode ser parada já na próxima década: uma série de descobertas científicas no campo da doença levaram a que os especialistas afirmem que uma nova gama de medicamentos para a debilitante condição estará na última fase de testes por volta do ano de 2025.
Apesar de atingir tanto homens como mulheres, a doença surge frequentemente na população entre os 20 e os 40 anos, e tem uma maior incidência no sexo feminino. Entre os sintomas mais comuns, e apesar destes variarem, estão a visão turva, dormência ou formigueiro nos membros, problemas em termos de força e coordenação — mas a patologia também pode causar fadiga ou mesmo paralisia e perda completa de visão.
Até à data, embora existam muitos tratamentos para conter a evolução da patologia, ainda não existe a possibilidade de cura. Citado pelo "Daily Mail", Alan Thompson, professor e neurologista, afirmou: "Na década passada, fizemos progressos significativos no tratamento da EM, mas continua a existir uma enorme falta de tratamentos para a progressão da patologia. Agora, pela primeira vez, a comunidade de investigação internacional uniu-se e está alinhada no que diz respeito ao que é preciso fazer para travar a doença, e com um aumento drástico no investimento, podemos mudar a vida das pessoas de forma genuína".
O especialista também afirmou que, no presente, "existem condições para desenvolver estratégias para atacar a doença de formas novas e diferentes, incluindo tratamentos regenerativos e de proteção neurológica, com o objetivo final de parar a esclerose múltipla".
O projeto e investigação em causa, que será suportado pelo National Institute for Health Research e pela MS Society, tem como meta oferecer aos doentes em fase avançada da patologia a primeira esperança no que diz respeito a um tratamento efetivo da doença.
Em Portugal, estima-se que esta doença crónica, autoimune, inflamatório e degenerativa, atinja cerca de 8 mil pessoas.