A Organização Mundial da Saúde anunciou no final de março que está a "monitorizar" uma nova subvariante da ómicron, uma das variantes do novo coronavírus. Chama-se XBB.1.16 ou Arcturus e, até 27 de março, já tinha sido detectada em 29 países, tendo provocado um surto recente na Índia.
De acordo com dados recolhidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), esta nova subvariante mostra sinais de um maior grau de transmissibilidade e infecciosidade. No entanto, de acordo com o site Prevention, não existem para já aumentos de hospitalizações internamentos em cuidados intensivos ou mortes provocadas pela nova subvariante.
Segundo o "The Washington Post", que cita dados da OMS, no final de fevereiro a nova variante tinha sido responsável por 0,21% dos casos em todo o mundo. Um mês depois, esta percentagem tinha subido para 3,96%. Nos Estados Unidos, até 15 de abril, a subvariante XBB.1.16 tinha sido responsável por 7,2% das infeções do novo coronavírus.
Embora os dados ainda sejam escassos sobre o conjunto de sintomas provocados pela nova subvariante, há indicação de que "poderá provocar febres altas, o que não é muito frequente na COVID-19", indica William Schaffner, especialista em doenças infecciosas e professor na Vanderbilt University School of Medicine. Schaffner acrescenta que a variante Arcturus produz a típica tosse que já se verificava nas variantes anteriores.
A novidade são alguns sintomas verificados em crianças e que não aconteciam nas variantes já conhecidas. "Parece estar a provocar mais conjuntivites e inflamações nas pálpebras, o que pode provocar comichões e vermelhidão nos olhos", explica Schaffner. No entanto, apesar de terem sido registados estes novos sintomas, sobretudo em crianças, os restantes são iguais aos provocados pelas variantes anteriores.
- febre ou arrepios
- tosse
- falta de ar ou dificuldade em respirar
- fadiga
- dores musculares
- dores de cabeça
- perda de olfacto ou paladar
- dores de garganta
- nariz congestionado ou com corrimento
- náuseas ou vómitos
- diarreia