Uma fotografia que mostra uma criança em cima de uma tartaruga selvagem em vias de extinção tornou-se viral depois de ser partilhada no Facebook no passado domingo, 6 de janeiro. Na imagem é possível ver o pé de um adulto a segurar o animal e um miúdo em cima da carapaça da tartaruga, sob o olhar de outros turistas.

Na legenda pode ler-se que, com a finalidade de atrair visitantes e para estes tirarem fotos, o operador turístico tirou a tartaruga e colocou-a no barco onde se encontravam. A publicação já foi partilhada mais de 2.700 vezes e suscitou indignação, com os utilizadores a condenarem o sucedido.

Publicação já atingiu mais de 2.700 partilhas.

Ao que tudo indica, tudo aconteceu em Semporna, no estado de Sabah, no Tun Sakaran Marine Park, na Malásia. O Departamento de Vida Selvagem de Sabah encaminhou para o local uma equipa de fiscalização para averiguar o caso. Porém, não se conseguiu retirar quaisquer conclusões do sucedido.

"Verifiquei com a nossa equipa de fiscalização em Semporna e, até agora, eles não encontraram nenhum incidente desse género. Talvez seja uma foto reciclada", referiu o diretor assistente do Departamento de Vida Selvagem, Sen Nathan, ao site do jornal New Straits Times. Caso se consigam apurar quem foram os responsáveis, estes "podem ser acusados ​​de pôr em perigo a vida de uma espécie selvagem protegida", afirmou Sen Nathan. Contudo, as investigações ainda prosseguem.

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O animal em questão é uma Tartaruga-de-Pente, uma espécie que está presente na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e é classificada como criticamente ameaçada. Tal significa que se encontra num risco extremamente elevado de extinção do meio ambiente. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, as principais ameaças a esta espécie são, por exemplo, o turismo, as perfurações de petróleo e gás, a poluição ou ainda as mudanças climáticas e o clima severo.

Um dia depois da partilha da fotografia, a ministra-chefe adjunta de Sabah, Christina Liew, reagiu ao caso considerando que se trata de uma "ofensa". “Não posso comentar mais até que a investigação esteja completa. O que posso dizer — isto é uma ofensa", disse.