Desde o início do ano, 1.100 golfinhos com ferimentos graves deram à costa em França, o que representa um número recorde. "Nunca houve um número tão alto. Em três meses batemos o recorde de 2018, que já tinha sido superior aos dados de 2017 — e mesmo esse foi o maior em 40 anos", afirmou Willy Daubin, membro do Centro Nacional de Pesquisa Científica da Universidade de La Rochelle, à agência de notícias Associated Press.

A pesca de robalo na costa do Atlântico pode ser a responsável pelas mortes, apesar de a verdadeira causa ainda não ser conhecida. As autópsias revelam que os golfinhos possuem "lesões catastróficas" que podem ter sido provocados enquanto os animais tentavam escapar das redes de pesca ou quando foram arrastados para ser libertados depois da captura.

O número de mortes de golfinhos que se tem verificado pode mesmo ameaçar a extinção da população europeia destes mamíferos nesta região

Conforme o jornal britânico "The Guardian" adiantou este domingo, 31 de março, os ativistas ambientais afirmam que o número real pode ser dez vezes superior, uma vez que muitos dos corpos acabam por se afundar no oceano sem deixar qualquer vestígio.

Ao "The Guardian", especialistas do Observatoire Pelagis — um organismo que monitoriza o estado de conservação dos mamíferos marinhos e aves das águas francesas — disseram que os mamíferos mortos apresentam "níveis extremos de mutilação".

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O número de mortes de golfinhos que se tem verificado pode mesmo ameaçar a extinção da população europeia destes mamíferos nesta região. "No momento, é um índice tão alarmante que pode levar a população de golfinhos da Europa à extinção", referiu Lamya Essemlali, presidente da Sea Shepherd, uma organização internacional de preservação da fauna marinha.

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