Parece que a nostalgia anda em altas e, agora, depois de tantos filmes, séries ou jogos terem sido modernizados e contarem hoje em dia com reboots e segundas edições, foi a vez de uma rede social bem antiga ser ressuscitada — se bem que de uma maneira um pouco diferente. Jack Dorsey, cofundador do Twitter, decidiu abrir os cordões à bolsa e criar a diVine, um novo projeto que promete trazer de volta os famosos vídeos em loop de seis segundos do Vine, e esta nova rede social, que não permite Inteligência Artificial, já está ativa.

O 1.º caderno com Inteligência Artificial chegou a Portugal e é perfeito para o regresso às aulas. Saiba o que faz
O 1.º caderno com Inteligência Artificial chegou a Portugal e é perfeito para o regresso às aulas. Saiba o que faz
Ver artigo

O propósito deste projeto, segundo o site "TechCrunch", é não só dar acesso, a todos os utilizadores, a mais de 100 mil vídeos que foram arquivados quando o Vine foi descontinuado, em 2016, como também dar a oportunidade de voltarem a criar este tipo de conteúdo, sendo assim uma renovação direta da antiga rede social. Evan Henshaw-Plath, um dos primeiros funcionários do Twitter e membro da organização sem fins lucrativos "and Other Stuff", que Jack Dorsey financiou para dar vida a este projeto, foi um dos criadores do diVine.

"Basicamente, pensei se seria possível fazer algo um pouco nostálgico. Algo que nos faça recuar no tempo, que nos permita ver essas coisas antigas, mas também uma era das redes sociais em que podes sim controlar os teus algoritmos, ou escolher quem seguir, onde sabias que era uma pessoa real a gravar o vídeo", disse o cocriador ao site. Desta forma, Evan Henshaw-Plath acabou por explorar o tal arquivo onde ficaram os vídeos do Vine quando este deixou de existir, perguntando-se a si mesmo se seria possível extrair os vídeos para uma nova aplicação, a diVine.

Quando percebeu que sim, passou alguns meses a reconstruir ficheiros e a juntá-los a antigos utilizadores do Vine, para que os utilizadores antigos não perdessem os direitos de autor dos seus vídeos. "Não consegui extrair tudo, mas consegui recuperar bastante e basicamente reconstruir estes Vines e estes utilizadores, dando a cada pessoa um novo [perfil] nesta rede aberta", afirmou. Ou seja, uma vez que vão conseguir ter acesso a uma conta, estes utilizadores podem também optar por publicar novos vídeos ou carregar conteúdo antigo.

Além disso, algo muito importante para Jack Dorsey era o facto de não ser possível nesta nova aplicação carregar conteúdos feitos pela Inteligência Artificial, pelo que existe mesmo uma sinalização quando isso acontece. Assim, para bloquear esses conteúdos, Evan Henshaw-Plath está a utilizar a tecnologia da organização de direitos humanos The Guardian Project, que ajuda a confirmar se os vídeos foram ou não gravados num telemóvel. O objetivo é restaurar a alegria que a aplicação Vine dava, e não modernizá-la com conteúdos de IA.