Bem sabemos que estamos numa altura crítica para se ser fã de séries e de filmes. Na televisão há poucas grandes séries a captar-nos a atenção ("The Outsider", da HBO, é capaz de ser a única exceção de momento), e no cinema estamos assoberbados a tentar acompanhar todas as estreias nomeadas para os Óscares. No entanto, fevereiro promete ser um mês recheado de produções interessantes para todos os clientes da Netflix que, em janeiro, tiveram oportunidade de ver os novos episódios de "BoJack Horseman" e de "Sex Education".

Em fevereiro, as propostas da plataforma são outras e há pelo menos dois grandes regressos. Falamos de "Narcos: México", a série que surgiu de cara lavada depois de ter contado a história de Pablo Escobar, o barão de droga que trouxe terror à Colômbia e de "Better Call Saul".

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A série do criador Vince Gilligan passa-se anos antes dos acontecimentos de "Breaking Bad", série que também é da sua autoria. Mas espera-se que os acontecimentos da prequela se aproximem cada vez mais da série mãe — ao mostrar a transformação de total de Jimmy McGill no advogado criminoso e sem escrúpulos Saul Goodman.

Embora não se saiba se está prevista uma participação especial de atores como Bryan Cranston ou Aaron Paul, a série vale a pena só por voltar ao universo que os fãs de "Breaking Bad" ainda hoje não esquecem. Mas há mais sugestões que valem a pena espreitar.

Mostramos-lhe todas as novidades a chegarem aos ecrãs dos utilizadores da Netflix durante as próximas semanas.

"Narcos: México", 2.ª temporada — 13 de fevereiro

Não foi fácil dizer adeus a Javier Peña (Pedro Pascal) ou a Pablo Escobar (Wagner Moura), duas das estrelas das temporadas anteriores de “Narcos”, a série de sucesso da Netflix sobre o início do tráfico de droga na Colômbia. Porém, a série surgiu de cara lavada, ao mudar de nome e ao recuar no tempo, e trouxe consigo novas personagens das quais não nos vamos despedir assim tão cedo.

Depois de ter acompanhado a ascensão e queda de Pablo Escobar e, posteriormente, do cartel de Cali, “Narcos: México” decidiu remexer na fórmula e recuar no tempo, a uma altura em que o tráfico de droga começava a crescer no México pela mão do cartel de Guadalajara, formado nos anos 80 e liderado por Félix Gallardo (Diego Luna), também conhecido por o Padrinho.

A história mostra como a organização de Gallardo sofre uma profunda transformação a nível de negócio e é capaz de se tornar numa das mais influentes e perigosas de todo o país. Mas como em todas as histórias, há sempre alguém destinado a querer mudar tudo.

Esse papel coube ao agente Kiki Camarena (Michael Peña), que se muda para Guadalajara para investigar o cartel e se vê envolvido num círculo de violência muito maior do que aquele que alguma vez seria capaz de suportar. As consequências da investigação são drásticas e fatais. A nova temporada acontece imediatamente após os acontecimentos da anterior e é um dos regressos mais esperados da plataforma.

"As Telefonistas", 5.ª temporada — 14 de fevereiro

Esta é a série espanhola que provavelmente tem passado ao lado de muita gente. Chama-se “As Telefonistas” e acompanha a história de quatro mulheres que fazem parte da primeira empresa nacional de telefones de Madrid, em Espanha.

A série passa-se nos anos vinte e mostra como embora todas estas mulheres tenham um emprego de sonho, tendo em conta a época em que vivem e o contexto social em que se inserem, as suas vidas são bem mais complexas do que aquilo que possa parecer.

A primeira temporada estreou-se na Netflix em 2017 e desde então que a crítica se desfez em elogios por considerar que “As Telefonistas” retrata o que significa ser feminista já que “mostra uma época em que as mulheres tinham obrigatoriamente de lutar para se fazerem ouvir.”

"Better Call Saul", 5.ª temporada — 24 de fevereiro

Ainda que “Breaking Bad” tenha chegado ao fim em 2013, isso não quer dizer que os fãs se tenham esquecido das personagens icónicas que deram vida à série. Daí que não seja surpreendente que “Better Call Saul”, o spin-off que serve como prequela à série mãe, tenha sido recebida como entusiasmo pela crítica durante a estreia dos primeiros episódios.

Bob Odenkirk (“Nebraska”) dá vida a Saul Goodman que, no início da história, ainda usa o nome real — Jimmy McGill —, e que tenta ao máximo conquistar o seu espaço enquanto advogado num meio completamente dominado por várias firmas que têm muitos mais recursos para conseguir aceitar todo o tipo de casos que Jimmy, à partida, não conseguiria.

A produção da AMC, que conta com Vince Gilligan enquanto realizador, estreou-se em 2015. E desde então que tem sido o grande vício de todos os amantes de séries que, ainda hoje, continuam à espera que a história da prequela se aproxime dos acontecimentos chaves de “Breaking Bad”. Pois bem, parece que não vai ser preciso esperar muito mais.

Ao mostrar finalmente a transformação completa de Jimmy em Saul Goodman, especula-se que os acontecimentos de “Better Call Saul” se comecem a aproximar cada vez mais da história de “Breaking Bad”.

Isto torna possível participações especiais de Bryan Cranston (“Argo”) e Aaron Paul (“BoJack Horseman”), enquanto Walter White e Jesse Pinkman, respetivamente. Não seria uma abordagem totalmente surpreendente, em parte porque o realizador já fez questão dizer que teria todo o gosto em voltar a trabalhar com alguns dos atores mais importantes da série.

Os episódios vão ser lançados semanalmente visto que, embora esteja no catálogo da Netflix, não é uma série exclusiva do serviço.

"Fórmula 1: A Emoção de um Grande Prémio", 2.ª temporada — 28 de fevereiro

Dos criadores de “Senna” e “Amy”, a nova série de dez episódios da Netflix vai levar os amantes de Fórmula 1 a todo o processo de bastidores das corridas de alta velocidade.

A história da segunda temporada vai centrar-se no campeonato de Fórmula 1 e na vida pessoal dos pilotos que viveram, intensamente, cada corrida como se fosse a última em que estavam inscritos.

Além disso, vai mostrar também quão intenso é o clima de competitividade que se vive entre as várias equipas, bem como o espírito de camaradagem quando as coisas não correm como previsto.

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