A 69.ª edição do Festival de Sanremo, o equivalente italiano ao Festival da Canção, não podia ter começado da pior maneira. Blanco, que, em 2022, juntamente com Mahmood, venceu o certame, regressou esta terça-feira, 7, ao festival para apresentar o seu novo tema, "L'Isola Delle Rose" (a ilha das rosas, em português).

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A atuação, emitida em direto na cadeia pública de televisão RAI, começou sem quaisquer problemas. Mas, a determinado momento, Blanco começa a apontar para o seu auricular e a mudar de semblante. De acordo com o que é possível ver nas imagens, o cantor de 19 anos não estaria a receber a sua própria voz no dispositivo. Ao invés de continuar a cantar, desata a dar pontapés no cenário, composto por centenas de rosas, a rir-se e a agarrar-se aos músicos da banda, que continuaram a tocar até ao final da canção.

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No final da atuação, o público presente na sala começou a vaiar Blanco. Amadeus, apresentador do Festival de Sanremo, ainda questionou o cantor sobre o que se tinha passado para destruir por completo o cenário. O jovem cantor pediu desculpas e disse apenas: "não conseguia ouvir a minha voz". Após este incidente, Amadeus, que é também presidente do Festival de Sanremo, já veio a público dizer que Blanco não vai voltar a atuar esta quarta-feira, 8, como estava originalmente planeado.

Quanto ao cantor, publicou na rede social Instagram uma nota de desculpas intitulada "peço desculpa à cidade das flores". "Ariston [nome do teatro onde decorre o festival], viste-me frágil como uma criança e ali, onde me ensinaste a correr, eu caí. Mas depois ri, ri, ri, ri e, apesar de não ser perfeito como vocês querem que eu seja, finalmente sou quem eu sou. Amo-vos com toda a minha loucura", escreve o artista.

Segundo a ANSA, agência de notícias italiana, A CODACONS (entidade que agrega as associações para a defesa do ambiente e dos direitos dos utentes e consumidores italianos) já apresentou uma queixa formal às autoridades relativamente à destruição das flores e ao custo associado, uma vez que o Festival de Sanremo, sendo organizado pela RAI, é pago com dinheiro dos contribuintes. "Blanco será instado a pagar os prejuízos causados à RAI e responderá pelo crime de dano", lê-se numa nota da CODACONS.