Quando a segunda temporada de "Casados à Primeira Vista" arrancou, a MAGG escreveu que o programa começava com uma aparente fragilidade: o facto de manter a mesma equipa de especialistas que, na primeira temporada, não conseguiu que nenhum dos concorrentes se mantivesse casado.
"Os quatro especialistas e gurus do amor deram o seu melhor, usaram a ciência, a intuição e a tecnologia para juntar casais e em que é que aquilo deu? Em 100 por cento de divórcios. Acontece. Mas então a equipa que leva uma cabazada não se devia mexer? Fica a pergunta no ar", escrevíamos em outubro.
E mais. "Os coaches Alexandre Machado, Eduardo Torgal, Fernando Mesquita e em especial Cris Carvalho falharam redondamente a missão na primeira série. Logo, esperava-se que a produção tivesse procurado uma ou outra alteração na equipa. Ao não o ter feito, o grupo perde alguma credibilidade nas escolhas e decisões."
E isto é válido para a segunda temporada que, embora tenha terminado como a renovação dos votos de Tatiana e Bruno, uma fonte próxima do casal garante à "TV 7 Dias" que eles foram pressionados pela produção porque "precisavam de alguém que fizesse aquele teatro", acrescentando que ainda "não existe nada entre eles".
Ainda assim, o casal mais polémico da noite foi Liliana e Pedro que, no final do programa, foram duramente criticados pelos especialistas.
Cris de Carvalho garante que os problemas entre os dois aconteciam devido a problemas de comunicação. "Uma das dificuldades do casal estava relacionada com a capacidade de comunicar. É importante saber usar o tom certo e saber entender a forma como a pessoa gosta de ser ouvida. É importante trabalhar essa forma de se expressar mas também a capacidade de ouvir o outro. E isso falhou muito um no outro."
Já Alexandre Machado, outro dos especialistas, diz que os dois concorrentes entraram em modo personagem e que isso contribuiu para um "casamento explosivo"
"Numa versão inicial, eles apresentaram uma versão alterada deles próprios. Não se apresentam exatamente como eles são. Entraram em personagem para criar um filme e, de facto, assistimos a um casamento explosivo, a nível físico e emocional. Além disso, a relação era vazia e não tinha qualquer densidade do ponto de vista emocional", explica.