Jéssica foi a concorrente expulsa na gala do “Big Brother 2020”, do último domingo, 5 de julho, Depois de várias ameaças de desistência, a concorrente que vivia na Suíça foi a escolhida pelos portugueses para abandonar a casa. E, como é habitual, esta segunda-feira, 6 de julho, sentou-se à conversa com Manuel Luís Goucha.

No "Você na TV", durante vários minutos, Jéssica falou sobre as muitas ameaças de desistência, a relação com a mãe, a relação com Pedro Alves – com quem começou a namorar nas primeiras semanas da casa –, explicando ao apresentador que já contava ser a concorrente expulsa nesta última gala. “Estive três semanas em que não estive muito bem e em que queria desistir. Acho que os portugueses ouviram”.

Vários fatores contribuíram para estes últimos tempos mais atribulados. O facto de dormir poucas horas e de ter muita pressão foram a gota de água. “Não consegui aguentar a pressão. Só as pessoas dentro da casa conseguem perceber. Também não tinha afinidade e sentia-me como um peixe fora de água. Venho de um país diferente, uma mentalidade diferente."

Sobre a participação no programa, confessou a Manuel Luís Goucha que a curva da vida (em que os concorrentes falaram sobre os pontos altos e baixos das suas vivências) foi a prova mais difícil de concretizar. “Foi muito duro, mas não me arrependo”, admitiu. “Claro que custou, mas quero dizer a todas as pessoas que estão a passar pelo mesmo que eu, ou para as pessoas que estão a passar pelo mesmo que a minha mãe passou, para tentarem sair, para terem essa força. Há pessoas que conseguem mudar”, apelou. Neste desafio, Jéssica falou sobre a dependência da mãe biológica de drogas, adiantando que ainda não tinha tido oportunidade de falar com a progenitora. Sobre o pai, frisou que tem poucas memórias e que não quer falar sobre o assunto. “Quero encerrar este assunto. A família dessa parte é muito reservada e eu não falei deles para não os prejudicar”.

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A certa altura do programa, juntou-se a Jéssica e a Manuel Luís Goucha a avó da concorrente, que disse ter gostado da participação da jovem, acreditando que existe amor verdadeiro entre ela e Pedro Alves. A concorrente que vivia na Suíça explicou que nunca teve uma cumplicidade tão grande com ninguém, como aquela que tem com o agora namorado — garantindo que o namoro “é mesmo para valer”.

“[A relação] pode ter-me prejudicado o jogo, mas eu estava a marimbar-me para isso. Estava com ele e sentia-me bem. Só nós sabemos o porquê de nos termos apaixonado. Nós sabemos e é mesmo para valer”. Jéssica acrescentou que por amor é capaz de deixar a Suíça e vir para Portugal. A concorrente falou sobre as críticas em torno desta relação, várias vezes acusada de avançar demasiado rápido. Explicou que no jogo estavam sempre juntos 24 horas e que, por isso, o ritmo se tornou mais célere e intenso, face ao que acontece fora da casa. Mas reiterou: “Este amor não é falso, é mesmo verdadeiro”.

Apesar das discussões constantes dentro da casa, Jéssica acredita que cá fora a relação tem pernas para andar. “Eu ali dentro não estava mesmo bem. Muitas das discussões que tivemos foi porque ele pensava muito sobre o que se passava cá fora. É muita coisa. Estava sob muita pressão e respondia mal”, justificou.

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Já depois da saída da casa, a concorrente explicou que teve ataques de pânico com algumas coisas que leu. “Tive três ataques de pânico hoje à noite por causa das coisas que li”, admitiu. Uma das coisas foi sobre o grupo Kamikaze e sobre quem o formava. “Só uma pessoa está lá dentro. A Sandrina nunca foi associada ao grupo. Ela sempre me disse que era neutra”, explicou. Jéssica disse ainda que existem concorrentes que vão chegar à final pela postura menos opinativa ou menos explosiva e garante que “quem se expõe mais é sempre o mais prejudicado”.

Sobre o concorrente que gostava que fosse o vencedor, não tem dúvidas: Pedro, o namorado. “Acho que ele é uma pessoa genuína, com bom coração. Acho que as pessoas cá fora sabem disso. Mas se ele não ganhar, gostava que fosse a Soraia. É uma rapariga genuína, é boa pessoa e está sempre ali a dar a palavra certa. Como já tinha dito, é uma pessoa que merece ganhar o prémio porque tem poucas possibilidades cá fora”.

Em relação ao elemento da casa com quem sentiu menos afinidade, a resposta também foi clara: Diogo. “Algumas coisas não passaram [cá para fora] que o Diogo disse e que eu não gostei. Não gostei de algumas coisas que fez”. Ainda assim, garante que não sai a odiar ninguém da casa – apenas tinha mais empatia com outro grupo.