A curva da vida deste domingo (6) deu destaque à vida de Liliana Almeida. A artista relembrou o começo da banda Non Stop, abordou a morte prematura da irmã e revelou pormenores acerca da sua vida amorosa e das dúvidas que enfrentou quanto à sua orientação sexual. Liliana teceu também comentários sobre as relações com Jaci Duarte e com Bruno de Carvalho.
Liliana Almeida afirmou considerar-se, em tempos, uma "Maria rapaz". Gostava de "desportos de rapazes" e chegavam a perguntar-lhe se era um menino. "Mas quando é que tu viras uma mulher?", questionava a própria mãe, segundo a mesma. "E até meninas se apaixonavam por mim", argumentou, durante a curva da vida. "Eu não me sentia bem com uma saia", exemplificou, quanto à confusão que sentia.
A ex-Non Stop chegou a ter namorados e falou sobre algumas destas relações. A certa altura, começou a sentir-se atraída por mulheres. "Fui à busca de perceber o que é que era e gostei", revelou. Falou sobre ter namorado com uma mulher durante dois anos sem que a família soubesse: "Ninguém sabia de nada. Eu escondi de todo o mundo", completou. Quando a relação terminou — por incompatibilidade —, a artista sofreu bastante: "Fiquei sem chão". "Foi aqui que eu tive uma depressão", revelou, referindo ataques de ansiedade e de pânico.
"Aos 30 anos conheci o grande amor da minha vida"
A artista esteve numa relação durante sete anos. "Aos 30 anos conheci o grande amor da minha vida", explicou, adiantando que a relação terminou porque "aconteceram muitas coisas" que "amassaram muito". Em 2020, conheceu Jaci Duarte, com quem namorava quando entrou para o programa. "Eu estava radiante quando conheci a Jaci", afirmou.
Liliana também abordou a situação com Bruno de Carvalho, na altura mais incerta. "É muito especial para mim. Eu ainda não percebi bem o que é que sinto. Estou só a tentar perceber o que é que se está a passar comigo", disse, quando foi gravado este segmento. Em conversa com Cristina Ferreira, mostrou que já tem resposta para o que sente.
"É amor mesmo. Eu estou apaixonada pelo Bruno", garantiu. Face a Jaci Duarte, namorada ou ex, Liliana voltou a frisar que falará com a barbeira assim que sair. "Eu sou assim. Eu vivo intensamente e ela sabe disso. Ela sabe que eu sou intensa e que não deixaria de viver isso nunca", esclareceu. "Ela vai receber o meu abraço. Eu tenho a certeza disso", reforçou.
"A minha irmã era uma criança doente"
Liliana Almeida é filha de dois refugiados da guerra colonial em Angola, como referiu. Em pequena, viveu na "mansão", "um lugar que recolhia os refugiados em Albufeira". A artista falou sobre a morte prematura da irmã. "A minha irmã era uma criança doente", começou por explicar. "Eu não sabia bem quem era a minha irmã. Não percebia muito bem", continuou.
"Era uma relação só de olhares", continuou, enquanto chorava. Foi em 2010 que Liliana recebeu um telefonema da mãe a informar que a irmã tinha partido. "Não poder abraçá-la é forte. Ela era bem especial. Eu acho que ela viveu como devíamos viver todos, em constante alegria. Dá-me sempre muita paz pensar nisso", concluiu.
A cantora também falou sobre o começo das Non Stop, banda da qual fez parte. Contou que descobriu o anúncio do programa (referindo-se a "Popstars", da SIC, emitido em 2001) e fez os castings, tendo chegado à final, bem como as colegas com quem integrou a banda. Relembrou a altura em que começaram a ficar com menos trabalho, sendo que chegou a trabalhar à noite, em bares. "Enganaram-nos muito. Foi duro", garantiu.