André Filipe foi expulso do "Big Brother - A Revolução" na última quarta-feira, 23 de setembro. O jovem de 25 anos está internado no Hospital do Barreiro, diagnosticado com um surto psicótico, onde permanece sem acesso a qualquer meio de comunicação. Apenas tem contacto com médicos e enfermeiros.
Hélia, a mãe de André Filipe, contou à MAGG que não a deixam falar com o filho. "Eles não estão a dar muita informação, mas têm falado comigo sempre às 17 horas", afirmou. "Disseram-me que está mais calmo e que já dormiu, julgo que eles estejam com receio de que não seja eu a mãe dele".
"Dizem-me sempre que ele está como ontem", revelou Hélia, explicando que o hospital não lhe está a dar muitas informações sobre o estado clínico de André. "A enfermeira disse-me que ele é um miúdo muito educado e querido, que não têm razão de queixa dele e que está recetivo a tomar a medicação", frisou.
"Isto é uma situação que estou a viver pela primeira vez, ele nunca teve qualquer episódio destes", afirmando que está muito preocupada com o filho. Hélia disse que André entrou mesmo numa personagem: "Ele entrou numa personagem quando soube que ainda não era concorrente (era infiltrado) e que teria a missão de tirar alguém da casa. A personagem que ele criou é uma personagem dentro do jogo", explicou, fazendo referência ao filme "Jumanji".
"O problema aqui foi ele não ter saído da personagem", afirma Hélia. "O André criou uma personagem desde o início e acabou por se perder no próprio jogo. A isso juntou-se a privação do sono, até porque me disseram que não dormia desde o inicio do reality show", acrescentando que André também teve uma má alimentação dentro da casa mais vigiada do País.
"A única coisa de que tenho mágoa e revolta foi não me terem dito logo"
Apesar de não culpar a produção do programa da TVI, Hélia afirma: "A única coisa de que tenho mágoa e revolta foi não me terem dito logo, podíamos ter evitado certas situações, até porque aqueles comportamentos já aconteciam há dois dias".
Afinal, como é que tudo aconteceu?
Hélia conta à MAGG como teve conhecimento do estado de saúde do filho. "Contactei a Endemol e disseram-me que ele estava bem, mas comecei a receber contactos de pessoas próximas a dizerem-me que aquele não era o nosso André. Por isso, questionei a produção, mas disseram-me para ter calma porque estava tudo bem com o André", explicou Hélia.
Já na quarta-feira, 23 de setembro, na parte da manhã recebe um contacto para fazer parte da claque do André no domingo, aproveitando para confirmar se o filho estava bem. "De tarde, recebo o contacto da Endemol a dizer que o André estava a ter comportamentos que quebram as regras do 'Big Brother', e que seria expulso nesse mesmo dia não só por infringir as regras, mas também por vandalizar a casa".
Foi Hélia quem foi buscar André à Ericeira: "Reconheceu-me, deu-me um grande abraço e disse que não estava de férias na casa do 'Big Brother', que estava a jogar e a lutar pela vida". A mãe do jovem diz que o discurso lhe pareceu lógico e coerente. "A psicóloga do 'Big Brother' disse-me para não lhe perguntar nada nem o julgar pelos comportamentos dentro da casa. Segui o que ela me pediu", acrescentou.
Já em casa, os comportamentos estranhos continuaram. "Reparei que ele não parava de falar e estava a reviver todos os momentos desde a infância". André começou a fazer uma apresentação da sua vida, "com fotos, mensagens e tudo o que lhe podia trazer recordações". Começou também a tirar alimentos da despensa e a dizer o que cada concorrente fazia na casa, revelou Hélia.
"A psicóloga do 'Big Brother', que tentou falar com ele, disse-me para chamar o INEM". O jovem acabou por ser transportado para o Hospital São José, em Lisboa, onde foi diagnosticado com um surto psicótico. Nesse mesmo momento, André teve de ser amarrado à cama por não parava de gritar que "O 'Big Brother é amigo'.
O jovem acabou por ser transferido para o Hospital do Barreiro, onde permanece internado.