
Alguma vez imaginou Elon Musk, Mark Zuckerberg ou até Sam Altman juntos na mesma sala enquanto passam umas férias na neve? Talvez isto nunca aconteça na vida real, mas a verdade é que já é possível vê-lo a acontecer no streaming - mas, claro, não verdadeiramente com estes gurus da tecnologia.
“Mountainhead” é o novo filme original da HBO Max que promete juntar quatro multimilionários em plena crise internacional, com muita comédia e desastres à mistura. Criado, escrito, realizado e produzido por Jesse Armstrong, que se catapultou para a ribalta depois de ter criado a série “Succession” (que conquistou nove Globos de Ouro e 14 Emmys), a produção estreou no passado domingo, 1 de junho, e conta com um elenco que promete agarrar qualquer espectador ao ecrã.
Neste universo de milionários e dos super-poderosos do ramo empresarial, é possível ver Steve Carell, Ramy Youssef, Michael Smith e Jason Schwartzman como quatro amigos do setor tecnológico, um dos quais intitulado como "o tipo mais rico do mundo", que se juntam para uns dias na neve com direito a piadas extremamente ácidas. No entanto, entre queixas de uns sobre as tecnologias de outros, as parecenças ou não de contas bancárias e muitos jogos de poker, as férias são interrompidas quando o presidente dos EUA precisa de se reunir com os quatro.
E porquê? Nada mais nada menos porque o mundo se encontra agora numa crise por causa das suas tecnologias, com os quatro amigos a perceberem o que se passa ao verem notícias como “Violência aumenta na Índia” e “Presidente do Uzbequistão forçado a mudar-se para localização secreta”. As acusações começam então quando Jeff (Youssef) culpa Venis (Smith) de ter criado uma plataforma que “inflamou uma situação volátil, circulando deepfakes impossíveis de verificar, fraude em massa e instabilidade no mercado”.
Assim, é possível perceber logo de início que o elenco de “Mountainhead” partilha características fundamentais com alguns dos líderes mais poderosos do mundo real da tecnologia, tais como Elon Musk, Mark Zuckerberg, Sam Altman, entre outros. Aliás, numa entrevista dada à “TIME”, Jesse Armstrong referiu mesmo que começou a querer escrever uma história sobre titãs da tecnologia depois de ler livros sobre estes nomes, sendo que as suas personagens não são cópias exatas e sim “monstros Frankenstein com membros cosidos.”
Ou seja, o criador e realizador explicou que não teve intenção de fazer um retrato totalmente negativo dos líderes tecnológicos e do desenvolvimento da Inteligência Artificial, mas que o seu objetivo era mostrar a sua perceção daquilo que a tecnologia pode fazer um dia à humanidade. “Tento afastar-me emocionalmente da história, mas a minha perceção do que esta tecnologia faz e pode fazer está presente no filme”, disse.