O remake do filme “The Day of the Jackal”, de 1973, em versão série, estreou no dia 6 de dezembro na plataforma de streaming SkyShowTime. A série, protagonizada por Eddie Redmayne, de “A Teoria de Tudo”, e Lashana Lynch, de “Captain Marvel”, conta com um elenco composto por Úrsula Corberó, uma das estrelas de “La Casa de Papel”, Lia Williams, de “The Crown”, Charles Dance e Richard Dormer, ambos de “A Guerra dos Tronos”, Eleanor Matsuura, de “The Walking Dead”, e Nick Blood, de “Slow Horses”.
A série, que já é um sucesso e está classificada com 8,2 de 10 no IMDb, é baseada no livro homónimo de Frederick Forsyth – chama-se “O Chacal” em português –, de 1971, que acompanha o assassino profissional Jackal — ou "Carlos, o Chacal" (Eddie Redmayne), que não se deixa apanhar por estar sempre a mudar a sua aparência e nunca usar o nome verdadeiro. Contudo, começa a ser perseguido por toda a Europa por Bianca (Lashana Lynch), uma agente dos serviços secretos britânicos que acha que o consegue encontrar, depois de cometer um crime.
O thriller “The Day of the Jackal” conta com dez episódios, mas em Portugal apenas saíram quatro até ao momento, sendo lançado um por semana. O próximo é lançado já esta sexta-feira, 20 de dezembro.
Veja o trailer.
Em 1973, o filme, realizado por Fred Zinnemann, foi um sucesso e, no Reino Unido, a série já se tornou o maior lançamento original da SkyShowTime de sempre, tendo atingido os três milhões de espectadores uma semana após a estreia.
Apesar da série não ser baseada numa história verídica, o romance original de 1971 foi vagamente inspirado em acontecimentos reais, nomeadamente numa tentativa real de assassinato do presidente francês Charles De Gaulle por um atirador altamente qualificado.
No início da década de 1960, a França e a Argélia estavam envolvidas na Guerra da Argélia, um conflito sobre se a Argélia deveria permanecer um território francês ou ser independente. Quando o presidente Charles De Gaulle reconheceu oficialmente a soberania política da Argélia, alguns militares não receberam bem a notícia, principalmente Jean-Marie Bastien-Thiry, tenente-coronel da Força Aérea Francesa.
Na altura, um grupo terrorista francês de extrema-direita chamado OAS (Organização do Exército Secreto) estava envolvido em vários atos terroristas, demonstrando violentamente a sua oposição à independência da Argélia.
Jean-Marie Bastien-Thiry colaborou com a OAS no que ficou conhecido como o ataque Petit-Clamart, uma tentativa de assassinato do presidente, segundo a NBC. O tenente-coronel recrutou um grupo de três atiradores e enviou-os para um bairro comercial onde Charles De Gaulle e a sua família estavam sentados no seu carro. Os três atacaram o veículo e as lojas próximas com tiros de metralhadora.
Ninguém morreu e apenas uma pessoa ficou ferida. Na sequência, foram encontrados 14 buracos de bala no carro do presidente francês, além de dois pneus furados. Jean-Marie Bastien-Thiry foi capturado, julgado e condenado à morte, tendo sido executado por um pelotão de fuzilamento em março de 1963.