O responsável da Ryanair, Michael O’Leary, revelou esta quinta-feira que, graças ao aumento dos preços da energia, já não haverá voos a 10 euros, como a companhia tem vindo a habituar os clientes.
“Os preços do petróleo estão muito mais altos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Acho que não vamos ver esses preços [10€] nos próximos anos”, confessou, segundo a “BBC”. Assim, O’Leary acrescenta que, nos próximos cinco anos, os valores dos bilhetes da companhia aérea deverão rondar os 50€. Isto significa que se vai registar um aumento de 10€, sendo que, em 2021, as tarifas já estavam perto dos 40€.
No entanto, acredita que, apesar destas mudanças, “as pessoas vão continuar a voar com frequência” e que, mesmo que os consumidores também venham a ter menos poder de compra (fruto do aumento do custo de vida), as companhias de baixo custo vão “sair-se bem”. Espera, por isso, que os clientes continuem a procurar estes voos mais em conta em vez de, simplesmente, reduzirem o número de viagens.
De facto, este é o fim de uma era. As companhias de baixo custo, como a Ryanair ou a sua concorrente britânica Easyjet, revolucionaram a indústria com os preços baixos que começaram a oferecer – e atrás delas foram as outras companhias.
Isso fez com que, à medida que as viagens aéreas se tornavam mais baratas nas últimas décadas, o número de voos aumentasse, assim como o número de passageiros. Este foi um marco na aviação, que nunca tinha registado preços tão baixos.