Este domingo, 1 de abril, reabriu o Eco-Lodge Brejeira. É assim todos os anos: quando chega a primavera e promete estar para breve o fim do frio e da chuva, o glamping na Brejeira, Silves, recebe os primeiros hóspedes para mais uma temporada.
Para já pode escolher entre a yurt, uma tenda tradicional da Mongólia, e a antiga caravana cigana. Em maio voltam a estar disponíveis as dormidas na carrinha dos bombeiros alemã, dos anos 60, onde tudo começou.
"Apaixonámo-nos pela vista, que dá um grande sentimento de liberdade"
Há muitos, muitos anos, os holandeses Claire Versteeg e Alexander van Egmond meteram-se numa carrinha de bombeiros que não dava mais de 80 quilómetros por hora e deixaram Amesterdão. Só queriam três coisas: paz, natureza e liberdade. Foi em pleno coração do Algarve que encontraram isso tudo, mais precisamente em São Marcos da Serra, na Brejeira, a menos de 15 quilómetros de Silves.
"Às vezes o fluxo da vida leva-nos. Foi por acaso que descobrimos a Brejeira", recorda Claire à MAGG. "Apaixonámo-nos pela vista, que dá um grande sentimento de liberdade."
Estávamos em 2007. Com a ajuda de alguns amigos, mas sobretudo de Alexander, que de acordo com a mulher é um "grande construtor", o casal holandês começou a criar o seu lar doce lar numa propriedade de seis hectares de frente para a Serra de Monchique.
No início não havia nada. Nem sequer água ou eletricidade. Aos poucos, Claire e Alexander montaram aquele que é hoje o Eco-Lodge Brejeira, um espaço de glamping onde tudo é ecológico: a eletricidade vem do sol e do vento, a água da fonte. As casas de banho também são amigas do ambiente, os móveis vieram de feiras de usados ou de lojas de artigos em segunda mão da zona.
Os primeiros hóspedes chegaram em 2010. Nessa altura Claire e Alexander tinham a carrinha de bombeiros, a sua primeira casa, e a yurt. Também chegou de Amesterdão, presa à carrinha num reboque. "A roulotte só veio uns anos depois, em cima de um camião."
É só escolher: uma roulotte, um yurt ou uma carrinha de bombeiros
Comecemos pela roulotte cigana. Entre arbustos de medronho, uma espécie bem típica no sul de Portugal, encontra-se a antiga caravana holandesa. Com vista para a Serra de Monchique, tem uma cama de casal, sala de estar e cozinha. Lá fora há um alpendre e umas escadas entre duas paredes de pedra que conduzem os hóspedes a dois caminhos: de um lado o chuveiro, onde pode tomar um duche de alta pressão no meio da natureza; do outro os sanitários.
A yurt está sobre uma plataforma de madeira. Lá dentro há uma cama de casal e um sofá, mas mediante pedido eles arranjam mais um colchão. Não falta o fogão a lenha para o frio e uma varanda com duas espreguiçadeiras. A cozinha fica numa pequena pérgola ao lado da tenda. Já a casa de banho fica lá fora, onde mais uma vez pode tomar banho ao ar livre.
E já só nos falta falar na carrinha dos bombeiros, que abre em maio. Noutros tempos utilizada como ambulância pelos bombeiros alemães, tem uma cozinha e uma sala de estar que pode ser transformada numa cama de casal. As portas traseiras da carrinha podem ser abertas para ficar ainda mais perto da natureza. A carrinha fica num pequeno vale, junto à fonte. A casa de banho fica lá fora, com um duche frio debaixo de um sobreiro.
Consoante a época, a roulotte e a yurt custam entre 55 e 65€ por noite. Já os preços da carrinha de bombeiros vão dos 30 aos 35€. O pequeno-almoço é um serviço opcional mas está disponível mediante pedido.