Fã ou não de caminhadas, há um aspeto na nova rota de Portugal que vai fazer com que se sinta atraído para fazê-la a pé ou de bicicleta: o facto de percorrer as Montanhas Mágicas (marca turística atribuída ao território enquadrado pelas serras de Montemuro, Arada e Gralheira e Arouca Geopark). A Grande Rota das Montanhas Mágicas (GR60) foi inaugurada esta sexta-feira, 1 de julho, e promete deixar qualquer um fascinado durante o percurso circular.
A GR60 tem uma extensão de cerca de 280 quilómetros, que podem ser percorridos a pé (em 14 etapas) ou de bicicleta (oito etapas). Para qualquer esforço há uma recompensa e no caso da Grande Rota das Montanhas Mágicas a compensação é a vista que só se consegue ao percorrer o itinerário que inclui sete municípios do norte e centro do País.
São eles Vale de Cambra, Arouca, Castelo de Paiva, São Pedro do Sul, Castro Daire, Sever do Vouga e Cinfães, regiões de Portugal onde ficam algumas das serras e rios mais importantes e que podem ser sentidos bem de perto.
A magia da Grande Rota das Montanhas Mágicas é precisamente poder andar ou pedalar pelas serras da Freita, Arada, Arestal e Montemuro e ao mesmo tempo ficar deslumbrado com os vales dos rios Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira.
Todas elas têm particularidades que as tornam únicas e os exemplos são infinitos. Na serra da Freita destacam-se as "espécies raras de fauna e flora" e o facto de ter "17 dos 41 geossítios do Arouca Geopark Mundial da UNESCO, nomeadamente a Frecha da Mizarela" e, no caso da serra da Arada, são os contrastes que abundam: "Ao austero planalto, onde só florescem os matos rasteiros, contrapõem-se os profundos vales encaixados, atapetados de espesso arvoredo, por entre o qual correm rios rebeldes e tumultuosos", descreve a marca Montanhas Mágicas no Facebook.
Natureza, património, história e cultura são os principais ingredientes desta poção mágica, que qualquer pessoa — em particular os "amantes dos desportos radicais e do turismo de natureza", diz a Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG) em comunicado — vai poder fazer a partir de julho.