Ainda não tem planos para as férias de verão ou quer fazer uma escapadinha romântica e ainda não sabe onde? A zona norte é sempre uma boa opção e a MAGG foi conhecer três cidades dessa região, Porto, Braga e Guimarães, a propósito do novo eixo “Porto e Norte – Região Solidária” do Turismo do Porto e Norte de Portugal, que pretende desenvolver o turismo socialmente responsável, de forma à região estar alinhada com as tendências mundiais da sustentabilidade e solidariedade.
Para Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, a iniciativa do novo eixo “Porto e Norte – Região Solidária” do Turismo do Porto e Norte de Portugal "é mais fácil de empreitar numa primeira instância junto do mercado nacional", mas "o mercado internacional também é sensível a estas sugestões".
Quanto ao que une estas três cidades, Porto, Braga e Guimarães, o presidente considera que "são próximas", na mesma região, "conseguem ter um movimento pendular, entre pessoas que vivem numa cidade e trabalham noutra", mas também têm as "suas rivalidades, principalmente clubísticas". Contudo, garante que "a parte cultural e turística tenta esbater essa rivalidade". "São cidades diferentes, eu acho que a nossa riqueza está mais nas diferenças do que nas semelhanças", afirma.
Porto
1. O que visitámos
O World of Wine (WOW), quarteirão cultural situado em Vila Nova de Gaia, tem uma vista de tirar o fôlego para o Porto e rio Douro. No WOW, que deu uma nova vida às antigas caves de vinho do Porto, pode visitar sete museus, doze restaurantes, bares e cafés. Tem uma escola de vinho, lojas, um espaço para exposições e outro para eventos.
A The Wine Experience (20€), como o nome indica, tem que ver com vinhos. Além de perceber as variedades de uvas e estilos dos vinhos portugueses e a importância do solo e do clima, pode descobrir através de um quizz qual é o seu estilo de vinho. Pelo meio, pode provar uma espécie de rebuçado em que consegue perceber a importância do olfacto.
Ainda neste museu, há uma pequena sala onde pode assistir a um vídeo sobre vinhos e uma espécie de bairro com casas típicas. Cada casa corresponde a uma região do País e, em cada uma, ouve-se o género musical característico, percebe-se onde é produzido o vinho e veem-se imagens de aspetos característicos da região, como a roupa, as festas ou a comida. No final, tem ainda uma série de jarras em que, pressionando um botão, consegue cheirar e adivinhar se sente um aroma cítrico, frutado ou amadeirado.
Já no museu The Chocolate Story (20€), fica a conhecer história do cacau, como é tratado e qual o percurso até chegar às tabletes de chocolate que estamos habituados a comer. Também pode fazer um workshop de chocolate, o Vinte Vinte Tasting (7€), onde pode comparar três chocolates de supermercado, preto, de leite e branco, com vários chocolates da marca Vinte Vinte, a marca do WOW, da gama Classic e Intensity.
2. Onde comemos
No restaurante Traça, no Porto, provámos o salpicão de caça (8€) e as gambas crocantes (9€) como entradas e, como prato principal, o costeletão de charolês (48,50€ para duas pessoas), que estava com a quantidade de sal ideal e grelhado no ponto, com batata frita e salada para acompanhar. Para sobremesa, terminámos em bom com panacota de maracujá com pistácio e avelã (5,50€).
3. Onde ficámos hospedados
O Pestana Douro Riverside fica na margem do Douro e a 10 minutos do centro do Porto. À nossa espera no quarto estavam duas mini garrafas de vinho do Porto, um sabonete aromático da Castelbel e uma caixa com miniaturas de sobremesas. Ficámos rendidos ao silêncio do local, à vista sobre o rio Douro, ao tamanho enorme da cama e ao seu conforto, bem como à casa de banho enorme com vista para o quarto, um detalhe inesperado. No pequeno-almoço não faltam os típicos croissants, panquecas, donuts, salsichas, ovos e sumos de fruta.
O preço de uma noite no Pestana Douro Riverside para dois adultos fica entre os 278€ e os 715€, dependendo da tipologia do quarto que preferir, de acordo com uma simulação no site para a noite de 17 para 18 de junho.
Braga
1. O que visitámos
Braga fica a cerca de 45 minutos do Porto e pode visitar a galeria gnration, conhecer as instalações e visitar de forma gratuita a Cascade, uma peça de Marc Vilanova, com gravações de infrassons registadas em quedas de água em Montmorency no Quebec, Canadá, que estará em exposição até ao dia 1 de julho. Pode tocar nos fios de luz que vibram e o som faz mesmo lembrar o de uma cascata. Além disso, o Jardim de Santa Bárbara é deslumbrante e ideal para um passeio, dada a quantidade de flores de várias cores que o decoram.
2. Onde comemos
No restaurante Arcoense provámos um delicioso bacalhau lascado (25€) com broa e batata à murro e um assado misto com arroz de forno (23€). Apesar de estar saboroso, como as doses são tão bem servidas, fica complicado esvaziar as travessas. Para sobremesa, trouxeram-nos cinco doces para experimentarmos, entre eles o tradicional pudim abade de priscos (5€) e cloudinos de ovos moles (5€).
Guimarães
1. O que visitámos
Em Guimarães, a cerca de 15 minutos de Braga, percorremos a pé o Bairro C com um técnico do departamento da cultura do município. Este projeto liga a Zona de Couros, Caldeiroa e Avenida Conde Margaride, e assenta nos pilares da cultura, criatividade, conhecimento e ciência, aumentando a relação entre a cidade, a criação artística e a comunidade.
Durante o percurso do Bairro C há peças e estruturas de artistas, pode visitar o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura, com algumas exposições, ou o Centro Internacional das Artes José Guimarães, com várias exposições, quadros e até máscaras.
2. Onde ficámos hospedados
O Hool, Hotel da Oliveira, fica no centro histórico de Guimarães. Mal se entra, a decoração da receção salta à vista, com centenas de livros. O quarto em que ficámos tinha uma varanda estreita, mas suficiente para apreciar a vista. O preço de uma noite no Hool para dois adultos fica entre 166,50€ e 189€, dependendo se prefere o quarto standard, suite junior ou suite deluxe, de acordo com uma simulação no site para a noite de 17 para 18 de junho.
3. Onde comemos
O restaurante do hotel foi recomendado pelo Guia Michelin em 2023 e é decorado em tons de vermelho, com uma luz suave que torna o ambiente mais acolhedor. Como entradas, serviram-nos uma espécie de mini sandes de beterraba com enguia no meio e uma mini tosta com queijo, servido numa ratoeira, uma ideia original. A acompanhar, uma cesta com três tipos de pão: a broa normal, ainda fofa e quente, um pão escuro, com um trago mais adocicado, e um pão de azeitonas, com opção de os barrar com manteiga e uns fios de mel ou com azeite.
Como pratos principais, provámos cevadinha e morilles (24€), e o leitão e avelãs (32€), com arroz de forno para acompanhar. Como sobremesa, provámos a chocolate e avelãs (12€) e foi, sem dúvida, a melhor parte da refeição, servido com gelado, dois macarons e avelãs crocantes. Para finalizar em grande, bombons de chocolate branco decorados com corante comestível azul e com limão por dentro, uma combinação deliciosa, apesar do sabor forte e contrastante. O pequeno-almoço é servido no restaurante do hotel e tem muito por onde escolher, desde as miniaturas de pastelaria, aos cereais, iogurte, fruta, ovos, sumos naturais, panquecas e pão fresco.
À noite, as luzes à volta das janelas das casas iluminam a cidade de Guimarães e fazem lembrar a época natalícia. À tarde é uma cidade silenciosa e até meio deserta, mas à noite está cheia de pessoas na rua e nas esplanadas.
*A MAGG esteve no Porto, Braga e Guimarães a convite do Turismo do Porto e Norte de Portugal