Um incêndio rural que começou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, em Odemira, durante a tarde de sábado, 5 de agosto, não parece dar tréguas. Tem duas frentes ativas, já chegou a Aljezur e está a ameaçar o concelho de Monchique. O turismo rural TEIMA ardeu.
"Queridos amigos e clientes. É com um enorme desgosto que vos venho contar que a nossa TEIMA hoje foi consumida pelas chamas. Talvez uma das casas resista. Ainda não sabemos. Não houve um bombeiro a defender-nos", começaram por escrever na página de Facebook.
"Estiveram no hotel Enigma (mesmo ao lado), que até esteve mais perto do que nós, e salvaram-no. De nós ninguém de lembrou, apesar dos meus insistentes telefonemas com pedidos de socorro. A nossa tristeza e revolta é incomensurável. Vamos ter de fechar por uns meses. Espero que... até breve", concluíram.
A publicação, feita esta segunda-feira, 7 de agosto, já tem mais de mil reações. Situado no Vale Juncal, a seis quilómetros de São Teotónio, no Alentejo, este turismo rural abriu em maio de 2014, anos depois de os proprietários, Luísa Botelho e Paulo Camacho, terem descoberto esse monte abandonado.
A MAGG esteve alojada no TEIMA em 2018. "Um turismo rural perfeito é isto. É sentirmo-nos em paz, serenos, plenos com o mundo. É sentirmos que estamos em casa mas, ao mesmo tempo, num local de requinte e de luxo", escreveu, na altura, a jornalista Marta Miranda.
O TEIMA, eleito Melhor Turismo Rural de Portugal em 2017 e Melhor Turismo Rural do Alentejo em 2019, tinha nove quartos, todos eles com entrada independente, e uma piscina exterior. Depois do incêndio de Odemira, o futuro deste projeto tornou-se incerto.
Neste momento, há 867 profissionais, 294 meios terrestres e 6 meios aéreos envolvidos no combate às chamas, de acordo com o site "Fogos.pt". Pelo menos 1400 pessoas foram retiradas de casa devido a este incêndio, existindo também feridos e estradas cortadas.