Raffaello, Ferrero Rocher, Guylian ou After Eight são apenas alguns exemplos de chocolates que, todos anos, na altura do Natal, passam a ter presença assídua na nossa casa — não fosse esta a altura do ano em que consumimos mais doces. É também nesta época que, ao procurarmos não sair de um regime alimentar mais equilibrado , tentamos fazer as melhores escolhas. Mas há problema se, esporadicamente, consumirmos aquele chocolate mais calórico de que tanto gostamos? A resposta é: claro que não.
"O importante é que as pessoas façam escolhas alimentares conscientes e informadas. Para isso é que serve a ajuda dos profissional de saúde, em especial do nutricionista: para que cada pessoa perceba o que é melhor para si", começa por explicar a nutricionista Catarina Paulino à MAGG, justificando que o que é melhor para uma pessoa pode não ser o melhor para outra.
"Depende dos meus objetivos e do que eu quero na minha alimentação. Nesta época em que há tantos chocolates à venda, é importante que o profissional de saúde tenha o papel de passar esta informação", continua.
De acordo com a especialista, os alimentos nunca devem ser intitulados de "com culpa" ou "sem culpa" e o importa é que tudo o que comemos seja sempre com moderação. "Ao rotularmos os alimentos, estamos a colocar uma grande ansiedade em cima das pessoas, o que faz com que acabem por consumir o alimento e ficar muito ansiosas. Com as pessoas que se preocupam com o peso isto pode levar ao pensamento de 'perdido por cem, perdido por mil'."
Assim, apesar de frisar que a parte da moderação é sempre importante, Catarina Paulino aconselha que as pessoas optem pelo chocolate de que mais gostam.
"Obviamente que se for um chocolate para consumir diariamente — porque há quem o faça, com o café, por exemplo — já faz sentido fazer uma escolha mais saudável e aí recomendo aquele que tem maior teor em cacau e uma lista de ingredientes mais reduzida. Agora, se estivermos a falar de uma escolha de um chocolate que é para consumir moderadamente nas épocas festivas, ou naqueles momentos em que sentimos que temos necessidade de um doce por razões de prazer, aconselho a que comam o chocolate de que gostam mais", afirma, frisando que, muitas das vezes, nessas alturas, "se formos comer aquele que é mais saudável, não vamos ficar saciados".
Além disso, alerta ainda para o facto de as "alternativas fit" nem sempre serem as melhores, ao contrário do que muitas vezes se pensa. "Há quem chame às bolas energéticas os 'falsos ferrero', mas que de Ferrero não têm nada e muitas vezes até têm mais calorias do que um chocolate. Com frequência, as pessoas acabam por consumir essas alternativas e não saciam a necessidade nem a vontade de comer o chocolate."
Desta forma, Catarina Paulino deixa a dica de que "com moderação", "a época festiva e a comida para ser sempre aproveita".