Se medíssemos 2018 pelas fotos de Instagram, podíamos dizer que as nossas mesas se encheram de tostas de abacate, húmus, poke bowls e cada vez mais alternativas à carne e ao peixe.
Todas estas novas formas de comer já tinham sido previstas pela cadeia de supermercados de comida orgânica e biológica Whole Foods, que todos os anos dita as tendências alimentares que aí vêm. Para isso, reúne um grupo de especialistas, analisa os seus clientes e está atento às compras feitas durante o ano presente. É por isso que, ainda que sejam tendências para 2019, alguns desses itens já comecem agora a aparecer sorrateiramente na despensa de algumas casas.
É o caso dos probióticos, por exemplo, que mesmo em Portugal tem já levantado alguma curiosidade nos últimos tempos, traduzida no aumento do consumo de kefir, chucrute ou a kombucha. E é por aí que começamos, numa lista de oito alimentos que vão passar a ser comuns no próximo ano que se quer cada vez mais natural.
Probióticos
Não são novidade, mas é em 2019 que vão atingir o seu auge. A procura por alimentos que ajudem ao bom funcionamento da flora intestinal vai ser cada vez maior e com algumas nuances. Agora, praticamente todos os alimentos fermentados — iogurte, kefir, kombucha, por exemplo — precisam de estar refrigerados. Brevemente, vão surgir no mercado produtos fermentados, mas em forma de produtos de longa duração como granolas, barritas e aveia.
Comida do Pacífico
A comida de origem na Ásia, Oceânia e costa oeste dos Estados Unidos e América do Sul vão ditar as tendências do próximo ano. Produtos como pastas de camarão e choco vão ser habituais nas prateleiras dos supermercados, assim como frutas tropicais como o maracujá e a pitaia, tanto em smoothies como em cocktails.
Gorduras saudáveis
Deixou de ser a inimiga das dietas. A gordura é necessária a todos e ganhou nova popularidade com dietas como a paleolítica ou a cetogénica, ambas baixas em hidratos mas ricas em gorduras. Pipocas feitas com manteiga ghee — produzida a partir de manteiga sem sal e que sofre transformações que a tornam mais saudável — vão ser um dos fenómenos de 2019.
Cânhamo e canábis
Ainda que não possa ser usada para consumo, os produtos de beleza à base de canabidiol, uma das substâncias que compõem a canábis, vão ser cada vez mais procurados. Até lá, é o cânhamo a ganhar força. Estas sementes da planta da marijuana cuja utilização é totalmente segura e aprovada, está já presente em massas, óleos ou mesmo apenas em semente, sendo já bastante famosa em dietas veganas, principalmente, pelo seu alto teor proteico.
Algas
As algas são o novo petisco de 2019. Vai começar a ver nas prateleiras do supermercado coisas como manteiga de algas, snacks feitos com algas e até com sementes de flores de lótus.
Embalagens mais sustentáveis
Se 2018 tivesse um alvo a abater, seriam as palhinhas de plástico. A luta pela sustentabilidade continua para o ano e ganha novas formas. Embalagens de silicone ou cera de abelha são duas das novidades nos supermercados e vai ser cada vez mais comum que os clientes levem os seus sacos e embalagens para fazer compras.
Substitutos da carne
O futuro está na diminuição do consumo de produtos de origem animal. Não há volta a dar. Não admira, por isso, que uma das grandes tendências para 2019 sejam os substitutos da carne e do peixe.
O ingrediente chave é o cogumelo, ao qual se junta a também a jaca, um fruto bastante comum no sudeste asiático e que se assemelha à textura da carne e pode ser cozinhada como tal.
Novos gelados
Esqueça o chocolate ou o morango. Em 2019, vai poder pedir uma bola de gelado de abacate, tahini, húmus ou água de coco, assim como vai conseguir provar aqueles que são mais tradicionais de determinado país, como é o caso do dondurma, gelado turco feito à base de leite de cabra ou os gelados de rolinho, que já se começam a ver por aí, mas que têm a sua origem na Tailândia.